The Salisbury Poisonings – Review da Minissérie
| 20 Jun, 2020

Publicidade

[Não contém spoilers]

Minissérie

Número de Episódios: 3

Recentemente chegou à BBC One The Salisbury Poisonings, uma minissérie dramática, inspirada em factos reais, que conta a história dos envenenamentos que ocorreram em 2018 na cidade história britânica Salisbury, provocados por novichok, um agente nervoso.

Dessa forma, durante os três episódios, com duração de aproximadamente 60 minutos cada um, acompanhamos, especialmente, Tracy Daszkiewicz (Anne-Marie Duff), a Diretora de Saúde Pública e Segurança de Wiltshire, que é chamada a Salisbury a fim de tentar conter as consequências públicas do envenenamento, dado que este agente é contagioso; Nick Bailey (Rafe Spall) um polícia que é chamado ao local e torna-se responsável por investigar a causa dos envenenamentos; e Dawn Sturgess (MyAnna Buring) uma mulher que está a lutar contra a dependência do álcool com o intuito de voltar a ter a guarda da filha.

Apesar de ter conhecimento da premissa da série, não sabia rigorosamente nada sobre estes envenenamentos (e optei por não ir pesquisar para poder, de certa forma, ser surpreendida ao longo da visualização da série), pelo que estava bastante curiosa e expectante em ver The Salisbury Poisonings e ficar assim a conhecer efetivamente o que é que se tinha passado e porquê.

Porém, após a visualização da mesma, sinto que poderia muito bem ter ido somente pesquisar que iria ficar a saber exatamente a mesma coisa que fiquei a saber com a série. Tenho de confessar que estava à espera de um pouco mais. Os dois primeiros episódios foram muito simples e parecia que nada de muito relevante acontecia, a não ser aquilo que, pela premissa, já sabíamos à partida que ia acontecer.

Mesmo que eles quisessem ser o mais factuais possível e não quisessem inventar história, a verdade é que poderiam ter aproveitado muito mais a questão de como é que se lida com uma situação assim. Pela premissa era de esperar que sentíssemos mais o impacto dos envenenamentos, não só nas pessoas afetadas, mas na cidade em geral. Ainda para mais agora que estamos a passar por uma pandemia mundial, iria ser muito mais interessante ver como é que se lida com todas as decisões que são necessárias tomar quando o que está em risco é a vida das pessoas.

É certo que num ou noutro momento conseguimo-nos relacionar com o que está a acontecer, no entanto, como tudo acontece tão rápido e de forma tão superficial, não conseguimos sentir verdadeiramente o impacto de toda esta situação. Talvez só no último episódio é que conseguimos sentir um pouco isso, tanto que se os dois episódios anteriores tivessem sido mais ou menos assim, a série no geral teria sido muito melhor.

Posto isto, só me resta dizer que não é que considere que a série não valha a pena, porque gostei bastante do terceiro episódio, mas penso que quem não se interessou muito pela premissa, ou nem tem curiosidade de saber sobre estes envenenamentos, não está a perder nada se não vir a série. Ademais, para aqueles que até estão curiosos para ver a série a fim de ficarem a saber mais sobre o tema, mas que não têm 100% a certeza se querem ver efetivamente a série, basta irem pesquisar que irão ficar a saber praticamente tudo que iriam ficar a saber se vissem a série (isso não impede, contudo, que vejam a série na mesma). Para aqueles que tinham conhecimento sobre este caso e estão curiosos em ver como eles transformaram isso em série, então o meu conselho é que vejam, uma vez que também são só três episódios e conseguem ver depressa, mas não tenham muitas expectativas em relação a esta.

 

Episódio de Destaque:

Episódio 3 – ao contrário dos dois primeiros episódios, este teve muito mais desenvolvimento e conseguiu prender a minha atenção do início ao fim. Talvez isso se deva não só ao facto de já estarmos ligeiramente mais ligados às personagens (ainda que de forma muito superficial), mas também de ter sido possível sentir mais o impacto do que estava a acontecer. É neste episódio também que ficamos a entender o porquê de ter sido dado destaque, nos episódios anteriores, a Dawn Sturgess (para quem já tinha algum conhecimento sobre estes envenenamentos já sabia desde o início qual a importância dela, mas eu como não sabia rigorosamente nada sobre estes, consequentemente, também não sabia nada sobre ela).

Melhor Personagem:

Tracy Daszkiewicz – personagem interpretada por Anne-Marie Duff, conhecida por entrar em Sex Education e His Dark Materials, e que foi um dos principais motivos que me levaram a querer ver a minissérie. Contudo não é somente por isso que a estou a escolher como personagem de destaque, mas sim porque ela efetivamente, de todos os personagens, foi a que realmente se destacou mais. Sendo Diretora de Saúde Pública e Segurança, encarregue de conter as consequências dos envenenamentos, tinha uma pressão acrescida pois alguma decisão errada poderia colocar em causa a saúde dos habitantes de Salisbury. De todas as personagens, ela foi, a meu ver, a que teve mais desenvolvimento, dentro do que é possível, sendo que são somente três episódios, mas mesmo assim poderiam ter aproveitado a personagem ainda mais.

Cármen Silva

Publicidade

Populares

estreias calendário posters grid dezembro

what if s3 marvel

Recomendamos