The Truth About The Harry Quebert Affair – Review da Minissérie
| 17 Dez, 2018

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Minissérie

Episódios: 10

The Truth About the Harry Quebert Affair é uma minissérie de drama e mistério baseada no romance de Joël Dicker. Com a realização de Jean-Jacques Annaud para a Epix e um elenco de luxo, com nomes como Patrick Dempsey, Ben Schnetzer, Damon Wayans Jr. e Virginia Madsen, a série segue a história de um jovem escritor que vai até à casa de Harry Quebert para alguma inspiração. Em vez disso, ele descobre que o seu ídolo foi acusado de assassinar Nola Kellergan (Kristine Froseth), de 15 anos, que tinha desaparecido há 30 anos.

Seguindo esta premissa a série está embutida em diversos mistérios em que todas as personagens parecem suspeitas, quase como um grande jogo de Cluedo em que todos são suspeitos da morte de Nola e tudo anda a volta para descobrir a verdade.

O argumento está muito bem conseguido, isto porque a história passa-se em 2008 mas faz imensos flashbacks a 1975, aparecendo as personagens versão nova e velha, quase ao nível de This is Us. O facto de o argumento ser baseado num livro enriquece a história, e a realização ajuda à construção dos episódios e à envolvência do espectador.

É difícil encontrar pontos negativos; com um genérico cativante e em suspense até ao último episódio, de um livro sobre livros e escritores e todo esse mundo em redor daqueles que nos trazem as mais fantásticas histórias e que nos permitem dar asas à imaginação.

O que é mais engraçado nesta série, e que é bem visível ao longo de todos os episódios, é que todas as personagens têm algo a esconder, há sempre algo que não bate certo: Nola parece ser uma adolescente querida por todos, mas a sua instabilidade psicológica ataca-a de tal maneira que perde toda a credibilidade; o pai, Reverendo Kellergan (Matt Frewer) não a consegue controlar, nem ajudá-la da melhor forma; Nola torna-se a vilã da própria vida. Jenny (Victoria Clark  – versão velha; Tessa Mossey – versão nova) é inofensiva e trabalhadora, é aquela rapariga/mulher que vive para o casamento e para o marido e faz tudo por essa pessoa, e isso, sem querer revelar muito, é a sua queda. O marido de Jenny, Travis Dawn (Craig Eldridge – versão velha; Connor Price – versão nova) é a personagem mais sorrateira, no sentido em que é adorado por todos, mas que no fim se revela.

Uma outra personagem estranha e que cai um pouco de pára-quedas em Sommerdale, é Luther Caleb (Josh Close), motorista de Elijah Stern, (Colm Feore) que é basicamente o senhor rico e intocável da cidade mas que no fundo tem bom coração. A história de Luther é triste, mas só a conhecemos quase no final da temporada, ficando com a perceção de que este será o vilão.

Depois temos o próprio Harry Quebert (Patrick Dempsey), que por sua vez acaba por não ser uma personagem tão cativante quanto se espera. É possível caracterizá-lo como meticuloso e ligeiramente egoísta e egocêntrico, no sentido mais suave da palavra. Apaixona-se platonicamente por Nola mas acaba por se aproveitar de certas situações, devido à relação de cumplicidade que ambos têm.

Melhor episódio:

Episódio 8 – O oitavo episódio, na minha opinião é o melhor episódio da temporada isto porque parece o final da temporada, em que se descobre tudo e há explicação para tudo, até chegar ao final que fica num cliff hanger para o episódio nove, para terminar em grande. Não querendo levantar muito o véu, aqui descobre-se a ingenuidade e a falsidade das personagens.

Personagem de destaque:

Marcus Goldman (Ben Schnetzer) – Pode ser espectável escolher o protagonista, mas neste caso é a personagem de destaque por se mostrar sempre quem é, honesto e com o objetivo de aniquilar o seu “bloqueio de escritor”, e chegar à verdadeira razão e ao verdadeiro culpado da morte de Nola. Acaba por ser muito ingénuo, acreditando em tudo o que lhe é dito, apesar de não descansar até chegar à verdade e ilibar o seu grande amigo Harry Quebert.

Aconselho vivamente a verem esta série, agora disponível no canal AMC.

Margarida Rodrigues Pinhal

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