Glee: Quando tudo começou
| 18 Fev, 2021

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[Não contém spoilers]

Inaugurámos no site uma nova categoria de reviews: Séries do Passado. Como o próprio nome indica, destina-se a reviews de séries menos recentes, mas que podemos encontrar facilmente por aí, nos serviços de streaming. Assim sendo, decidi pegar no episódio piloto de Glee para estrear esta nova categoria.

Antes de avançar para a análise do episódio, acho que faz sentido partilhar que, na altura em que Glee esteve no ar, acompanhei a série durante algumas temporadas. Nunca fui daquelas grandes fãs, mas era algo que considerava agradável de ver e que me entretinha. Nunca revi a série e já há pouca coisa de que me lembre, por isso foi um pouco como ver o episódio pela primeira vez, mas sob a perspetiva mais madura dos meus 30 anos.

O foco da trama é o Glee Club, um clube musical muito pouco popular no Liceu William McKinley. Estamos a falar de uma escola em que o bullying existe em níveis hardcore e todos aqueles que fogem ao estereótipo do desportista ou das miúdas da claque parecem sujeitos a levar com smoothies (ou uma bebida do género), a serem fechados na casa de banho ou outras coisas que tais. No entanto, depois de o professor responsável pelo clube ter sido afastado por assediar um aluno, Mr. Schuester (Matthew Morrison), um jovem professor de Espanhol que me pareceu falar bastante mal a língua que ensina, assume o comando. Não tarda a arranjar um grupinho talentoso de cantores, mas parece que falta algo porque os cinco não funcionam muito bem em conjunto.

No entanto, decidido a fazer do Glee Club alguma coisa de jeito, Mr. Schue (o nome pelo qual é conhecido) recorre a uma artimanha completamente desadequada para fazer com que um aluno renitente se junte ao grupo. Aliás, há umas quantas cenas em que a série parece um manual de maus comportamentos, em especial – mas não só – quando se aproveita de Artie (Kevin McHale), um aluno em cadeira de rodas, e faz dele o alvo principal de bullying.

O episódio permite-nos conhecer um bocadinho dos vários personagens, nomeadamente alguns dos professores e alunos, e das suas vidas familiares. Mr. Schue, Rachel (Lea Michele) e Finn (Cory Monteith) destacam-se dos demais como estrelas deste pilot, muito por causa do potencial demonstrado. Sim, porque Glee estava a revelar-se bastante mediana, até que me brindou com aquela espetacular cena final! Don’t Stop Believing é uma música icónica da série, mas já não me recordava da magia com que tinha sido interpretada. A sério, quase que me arrepiei toda e a verdade é que é desses momentos que Glee vive! Há excelentes vozes, mas Lea Michele é extraordinária! Não é a única, mas Rachel é quem tem aqui mais oportunidade de brilhar. A sério, os personagens parecem que se transformam quando estão a atuar e é muito bom assistir a isso!

Para quem já viu, acho que pode ser bastante giro rever, embora melancólico, pelos três elementos do elenco cujas vidas se perderam. Para quem não viu, talvez esteja na altura de descobrir a série, que se encontra disponível na Netflix e que a partir de dia 23 também poderá ser vista na plataforma Disney+.

Diana Sampaio

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