Três meses depois da estreia no país de origem, a comédia canadiana North of North (Ainda Mais a Norte, no título em português) chegou a uma audiência global através da Netflix. No entanto, o mundo não ficava a perder nada se não conhecesse esta série.
A trama passa-se numa localidade fictícia do Ártico e centra-se em Siaja, uma jovem mulher que faz parte da comunidade indígena dos inuítes e que vive presa a um casamento em que não é minimamente valorizada e que, por isso, quer fazer algo da vida que seja realmente só dela. A premissa não deixa de ser feminista, mas isso não ajuda a salvar a série. A história e a maioria dos personagens não cativam e o plot twist no final do episódio deve ganhar algum prémio de pior da década ou algo do género.
As interpretações de que mais gostei foram as de Jay Ryan e Braeden Clarke, mas a protagonista Anna Lambe não me convenceu e o mesmo podia dizer de vários outros membros do elenco, nomeadamente Mary Lynn Rajskub. Tendo em conta que se trata de uma comédia, o argumento também ficou muito aquém daquilo que devia e não foi possível arrancar-me sequer um esboço de um sorriso.
O ponto mais positivo do episódio prende-se, sem qualquer espécie de dúvida, com os cenários, que são lindíssimos. Não deve ser fácil viver num local daqueles, mas dava um belo postal da neve. Segunda melhor coisa: a …Baby One More Time de Britney Spears a tocar durante uma festa. Se bem que também achei engraçada a versão (suponho) inuíte de uma música de Dua Lipa.
Acho que a série pretende ser girl power e inspiradora, mas foi bastante fraquinha em concretizá-lo. O episódio tem cerca de meia hora de duração, mas o tempo custou bastante a passar. Para mim, é mais uma série para deixar passar ao lado!