A Netflix estreou esta semana The Residence (A Residência), série que se centra numa morte ocorrida durante um jantar de estado na Casa Branca. Este não é, de todo, o meu tipo de série de investigação e isso tornou-se claro desde os primeiros minutos. O episódio pretende ter um tom cómico, apoiado no bizarro da situação e no exagero dos seus personagens, com vários a serem absolutamente intragáveis. Não estou alheia ao facto de que a série esteja a tentar pegar nos clichés deste género e brincar com eles, mas a verdade é que, para mim, não funcionou. Não gostei do tipo de humor, a morte sob investigação não me prendeu a atenção e o episódio parecia que nunca mais acabava.

Gostar só gostei mesmo do tipo que parecia totalmente entusiasmado por estar debaixo do mesmo teto que Kylie Minogue, da banda sonora, que encaixa muito bem no tom da história que estão a contar, e das interpretações de Uzo Aduba e Susan Kelechi Watson. Foram as únicas personagens que achei minimamente interessantes, mas isso não foi, nem de perto, nem de longe, o suficiente para me deixar interessada. Acho que tenho sempre um problema com séries que têm demasiadas personagens, do género: mas quem é esta gente e porque é que temos que os conhecer a todos de uma vez? Ainda por cima, depois de vários anos a ser traumatizada por Shonda Rhimes em Grey’s Anatomy, tinha jurado a mim mesma que não voltava a ver nada em que ela estivesse envolvida, mas também já tinha quebrado a minha própria regra com Station 19. Só que dessa vez valeu totalmente a pena e neste caso não.

The Residence já está a fazer sucesso na Netflix, mas não me acredito que tão cedo consiga destronar Adolescence. Eu, sinceramente, não tenho quaisquer intenções de ver mais episódios, mas consigo perceber que é o tipo de série que desperta a curiosidade.