Estreou na sexta-feira na Max uma nova série médica, The Pitt. Confesso que embora este seja um género de que gosto bastante, já me cansei um bocado. Foi por isso que desisti de Grey’s Anatomy, que foi a minha série preferida em tempos. No entanto, há sempre a hipótese de que uma nova aposta revitalize um género desgastado. Ou pode acontecer precisamente o contrário. The Pitt não se enquadra em nenhum dos extremos, fica mesmo no meio.

Como seria de esperar em qualquer série passada num contexto de urgências hospitalares, o ritmo do episódio é bom. Contudo, para mim, o mais importante em dramas médicos é um balanço entre personagens cativantes e casos médicos que nos agarram ao ecrã e não fiquei conquistada em nenhum dos aspetos. O leque de personagens é grande, mas não senti grande ligação a nenhuma. Aquela de quem mais gostei foi mesmo da Dana de Katherine LaNasa. É a rainha das urgências, é ela que manda. Adicionalmente, sinto que teria sido importante que o grupo de internos nos conquistasse, mas só consegui simpatizar com um deles. São eles quem mais terão que crescer ao longo dos episódios, portanto serão inevitavelmente personagens de destaque. Tivemos, inclusive, alguns clichés típicos das séries médicas em termos das personalidades/características dos internos, algo que também não adorei. Por sua vez, os casos tratados não são nada de especial, à exceção de um, que envolve mais do que medicina.

Não acho que The Pitt se tenha conseguido destacar num mar de séries médicas. Se este é um género de que gostas muito, então poderá vale a pena espreitar. Se procuras algo diferente, talvez esta não seja a escolha certa. Novos episódios de The Pitt vão ser lançados na Max às sextas.