Já há muito tempo que me cansei das séries policiais dos canais públicos americanos porque passaram a ser só mais do mesmo e a fórmula está bastante gasta, mas sou menos cética quando se trata de apostas das plataformas de streaming. Ainda assim, parti para On Call sem grandes expectativas, mas saio do episódio piloto convencida de que podemos ter aqui uma série bastante interessante. Para começar, temos o trabalho policial de patrulha nas ruas no centro da narrativa, o que já é diferente da maioria das séries do género, que se focam na investigação de homicídios.

Este episódio tem uma cena inicial muito boa, marcante, que deixa logo o seu impacto. Parece-me óbvio que devia ser esse o objeto de qualquer série, mas muitas não o conseguem. Aqui fiquei agarrada ao ecrã desde o primeiro minuto, até porque o ritmo do episódio é rápido. Temos cenas de perseguições e vários momentos de tensão que passam para este lado do ecrã, temos uma dupla protagonista cuja dinâmica funciona bem e que tem potencial em termos de parceria policial e acabamos o episódio a importar-nos tanto com Diaz (Brandon Larracuente) como com Harmon (Troian Bellisario), que parece um bocado dura, mas também dá a impressão de ser uma boa polícia. Gostei também do toque humano que Diaz parece entregar ao seu trabalho e que não seria de esperar num novato que tem muito a provar.

On Call é uma boa aposta se gostas de séries policiais. É envolvente, os episódios têm uma duração inferior àquilo a que estamos habituados e é óbvio que a temporada vai ter um fio condutor, o que acho muito mais interessante do que o formato típico do caso por episódio. Não estava à espera de ficar com vontade de ver a temporada toda, mas foi precisamente isso que aconteceu. São oito episódios que já podes ver todos na Prime Video.