Estreou a semana passada na Netflix a minissérie sueca O Assalto de Helicóptero (The Helicopter Heist, no título internacional), que tem estado no top das mais vistas no nosso país. No centro da trama está Rami (Mahmut Suvakci), um antigo ladrão que agora leva uma vida honesta com a mulher e duas crianças pequenas. A forma como nos é apresentada a história familiar deste homem faz-nos gostar logo dele. O amor que ele tão obviamente sente por Karin e os meninos é enternecedor e é esta parte da sua vida que mais acaba por cativar neste episódio piloto.
No entanto, como sempre acontece, há uma coisa que corre mal e Rami volta a ver no mundo do crime a única saída. A parte do assalto não está muito presente neste início, mas do pouco que se viu não me prendeu a atenção. Do lado das coisas positivas, gostei de ver um pouquinho sobre a amizade, que dura desde a infância, de Rami e Michel, que também está envolvido no mundo do crime. O episódio vê-se bem, mas não tem grande capacidade de agarrar ao ecrã ou de fazer ansiar por mais. Para uma série de apenas oito episódios e que tem assalto no título, também foi escassa em ação, mas é claro que estamos apenas a começar.
Não há nada que se destaque pela negativa, dá simplesmente a sensação de que é uma daquelas séries que não traz nenhuma novidade e que será facilmente esquecida. Isso não é necessariamente um grande defeito se a série conseguir agarrar à cadeira, mas não é o caso. Da Suécia até costumam vir boas histórias de crime, mas confesso que estou bem mais familiarizada com os livros do que com as séries do país. Na Netflix, do mesmo país, recomendo Kalifat, que, contudo, não é um original da plataforma.