Força, Irmão! (ou, em bom polaco, Idz Przodem, Bracie) é uma minissérie que estreou recentemente na Netflix e que conta com seis episódios. A série aborda temas como a guerra, a vida militar e a vida familiar, para além de que a trama ocorre num mundo obscuro e criminoso.
Não estava propriamente muito entusiasmado com este Força, Irmão!. Para ser sincero, achei que seria um grande fiasco e assustei-me quando percebi que cada episódio tem praticamente uma hora de duração. A história da série centra-se em Oskar, um ex-polícia cheio de traumas e marcas de guerra que se vê forçado a mudar a vida quando o pai morre e todas as dívidas que ele deixou passam a ser-lhe cobradas. Resta agora a Oskar saldar cada uma delas.
Como disse, não estava muito entusiasmado, mas a verdade é que, tecnicamente, a série é bastante boa. Não é preciso entender muito de televisão e cinema para perceber que a qualidade de imagem é excelente. Também as cenas de ação estão muito bem conseguidas e passa para o espectador o sentimento de medo e adrenalina. Em contrapartida, os constantes saltos temporais são um pouco estranhos. Os flashbacks dos tempos de guerra são de um ritmo muito acelerado enquanto as cenas na timeline atual são lentas e dramáticas, causando uma quebra muito sentida sempre que acontecem. A narrativa leva-nos para uma história e um mundo de culpa, solidão e tristeza profunda, sendo por isso pautado por um ritmo lento e bastante depressivo.
Em suma, Força, Irmão! é uma história pesada de um drama psicológico lento que ou estamos realmente interessados em ver e atentos a tudo ou é uma daquelas histórias que nos passa ao lado. Pessoalmente, não é o meu tipo de narrativa e achei muito lento para o que gosto. Achei lento demais mesmo que essa seja a proposta e acredito que seja difícil de captar o interesse do público, mas tecnicamente não posso dizer mais do que realçar que é um episódio sólido e com qualidade naquilo a que se propõe. Apenas não é o tipo de narrativa que me prende.