A série polaca As Mães dos Pinguins (Matki Pingwinów, no original) estreou a semana passada na Netflix e pareceu-me que pudesse ser fofinha, embora não tivesse criado quaisquer expectativas. No entanto, acabou por ser uma boa surpresa nesta que é, se não me engano, a minha primeira experiência com uma série deste país.
Para começar, gosto bastante do título. É querido e enquadra-se na perfeição com o tema da série. A trama começa por centrar-se numa conhecida lutadora de MMA que tem que arranjar uma nova escola para o filho depois de o menino ter sido expulso. Sobre a criança paira a dúvida, ainda não confirmada, de que seja autista. Ele vai então parar a uma escola para crianças com necessidades educativas especiais, mas ao início não parece, de todo, enquadrar-se ali. No entanto, é claro em vários aspetos – mais que não seja por causa do nome da série – que aquela escola pode ser precisamente aquilo de que ele precisa. Torna-se claro que vamos conhecer bem outras duas mães com meninos com necessidades especiais e vejo aqui muito potencial para histórias ternas, tanto entre as adultas como entre os meninos.
Gostei bastante do elenco, com destaque para Masza Wagrocka, a grande protagonista deste primeiro episódio, e para as crianças. Todas as personagens se mostram naturais, mesmo aquela que parece um bocado a caricatura da mulher que vive para os likes nas redes sociais, e a história agarra ao ecrã, deixando-nos envolver verdadeiramente nas vidas destas pessoas. Tanto a componente da parentalidade, bem como a da carreira de Kama no MMA, funcionaram bem para nos apresentar um episódio coeso e que é bem sucedido em fazer-nos querer voltar para mais. São quase 50 minutos, o que nalguns casos poderia ser demasiado, mas que não custam nada a passar.
Já podes ver os seis episódios desta 1.ª temporada na Netflix.