Estreou na Netflix uma nova minissérie norueguesa chamada A Noite do Solstício de Verão (Midtsommernatt, no título original) que nos remete para a essência dos dramas escandinavos, abordando temas pesados e essencialmente as complexidades das conexões humanas. A série tem como inspiração a clássica obra Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare.

Começo por dizer que sei que A Noite do Solstício de Verão tem tido críticas bastante positivas e de certo modo tenho de dividir a minha opinião em dois momentos. Do ponto de vista mais impessoal, a série não tem muito que se apontar. Os temas abordados são muito bem desenvolvidos e passam muito bem para quem está a ver. A dinâmica da família é muito bem construída e realmente convence-nos de que estamos a ver uma família real. A juntar a isso, gostei das interpretações e da forma como os atores deram vida às cenas. Nunca senti que algo fosse forçado ou ensaiado e isso ajuda muito na forma crua e real com que vemos as personagens. A nível mais pessoal, não gostei do ritmo! Percebo que numa série dramática e que aborda temas pesados, o ritmo não pode ser uma correria, mas a mim fez-me desligar do episódio, principalmente na parte inicial em que apresentam as personagens. Não foi uma má apresentação, mas senti que algumas coisas eram muito previsíveis. Acrescento ainda que apesar dos planos bonitos e das imagens dignas de férias e praia, muito devido à soberba ambientação em Oslo, não gostei dos constantes zooms que a câmara fazia. Percebo que é a intenção de realçar certos pormenores, mas, ainda assim, fez-me sentir como se estivesse a ver uma sitcom, sendo que o tema em nada tinha a ver.

Só posso dizer que não há muito que possa apontar a esta minissérie. A Noite do Solstício de Verão é uma produção de cinco episódios que certamente nos deixa a pensar em temas importantes sobre a vida e sobre o tempo. Não é o meu tipo de série favorito, mas se gostas destes temas que mencionei em cima, certamente que deves ponderar ver pelo menos o primeiro episódio.