Em vez de Tatiana Maslany, cuja brilhante interpretação na série original lhe valeu um Emmy em 2016, Orphan Black: Echoesé protagonizada por Krysten Ritter (Jessica Jones, Don’t Trust the B—- in Apartment 23). A série passa-se num futuro próximo e explora uma realidade em que o avanço científico de uma empresa privada permite a impressão 3D de tecidos, órgãos humanos e, claro, ao bom estilo de Orphan Black, estão a testar o procedimento, já com um grau elevado de sucesso, para a impressão de seres humanos no seu todo. Lucy, a personagem de Krysten Ritter, é uma destas criações “impressas”.
Os paralelos com a série original ficam claros desde o início, mas as diferenças são suficientes para as histórias serem independentes (ou assim o achamos inicialmente) e trazerem dilemas éticos e questões de ficção científica diferentes e originais q.b..
Em Orphan Black tínhamos um conjunto de clones, todos concebidos simultaneamente, desde embriões, replicando o material genético “modelo” do Projeto LEDA. Em Echoes, temos Lucy criada por impressão 3D, talvez de uma pessoa pré-existente, não sabemos ainda. O início do episódio leva-nos a crer que Lucy é criada logo como adulta, sem memórias do passado por talvez não existirem de todo, mas em simultâneo existem visões de um passado que nos mostram uma versão de Lucy mais nova. Versão esta com que Lucy também se depara mais tarde no episódio e que deixa em aberto como é que realmente estas cópias estão a ser geradas.
As personagens secundárias apresentadas como o núcleo “familiar” de Lucy tentam criar empatia, mas não fascinam. Este ponto era muito forte em Orphan Black, que tinha um núcleo de personagens secundárias quase tão carismáticas e fan-favorite como os clones. Mas pode ser que as personagens secundárias de Orphan Black: Echoes conquistem nos próximos episódios (ou que não sejam um eventual ponto focal na série – que seria a minha preferência – e que o eixo seja a relação com os criadores e eventualmente mais cópias, que acredito que estejam para aparecer).
O episódio piloto lança o tapete e define a fundação para a história que pretende desenvolver. Embora pouco entusiasmante e um pouco lento, confuso na história da fuga de Lucy e um quanto fraco em termos de realização, este piloto acaba por cumprir o seu objetivo de criar incógnitas e deixar a pulga atrás da orelha para o que se está a passar e, com aquela cena final, para a ligação de Echoes à história original de Orphan Black.
Será que voltaremos a ver Cosima, Sarah ou até mesmo o tio Felix?
Uma nota final de apreciação também pela inteligência da banda sonora da série, que nas melodias vai buscar sonoridades mecânicas e repetitivas que lembram o funcionamento de… impressoras! Achei inteligente e merecedor de menção nesta review.
Se vou continuar a ver Orphan Black: Echoes? Provavelmente já a seguir a acabar este artigo.
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