Estreou hoje na Netflix, dia 6 de setembro, a comédia brasileira B.O., que não posso deixar de comparar a Brooklyn Nine-Nine, assim à primeira vista. As parecenças passam por um conjunto de polícias que não se podem, de maneira nenhuma, levar a sério e pelo tom caricato da história.
A história do primeiro episódio da série começa quando chega um novo chefe (delegado, como eles lhe chamam) a uma esquadra do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. No entanto, Suzano (Leandro Hassum) estava habituado a um ambiente calmo e aqui vai encontrar crimes mais graves para resolver. Aliás, o seu grande feito até foi um acidente, porque Suzano é um homem bastante intimidado para um polícia e é difícil imaginá-lo a fazer frente a criminosos. Só se poderia esperar uma personalidade terna de um homem que gosta de Sandy & Junior.
O melhor do primeiro episódio é, sem dúvida, o elenco. Os personagens são todos bastante engraçados (ainda bem que não há ninguém irritante como a Gina de B99), alguns deles têm alcunhas cómicas e são feitas piadas à conta das suas personalidades, o que cria um ambiente castiço na esquadra. No entanto, o enredo não me conseguiu prender. Aliás, os nem 30 minutos de episódio começaram por passar devagar a partir de meio. Acho que os casos foram demasiados absurdos, mesmo para uma série em que o absurdo parece ser a palavra-chave.
Acredito que a série poderá vingar graças à dinâmica entre os seus personagens, até porque já é possível vislumbrar ali duas ou três relações com um bom potencial para serem desenvolvidas, mas não estou, de facto, com grandes expectativas em termos de enredo. O episódio acaba por não ser nada de especial, mas há tantas séries péssimas que sobrevivem e esta não é, de todo, desmerecedora de uma oportunidade.