Natureza vs. humanidade! Quem irá ganhar esta batalha?
The Swarm (Der Schwarm no original alemão) é uma adaptação do best-seller de Frank Schätzing com o mesmo nome, livro que em Portugal tem o título de O Quinto Dia. Esta era uma das séries alemãs mais aguardadas do ano, tendo tido a sua estreia na secção Berlinale Series da Berlinale, o Festival de Cinema de Berlim, e é também a série alemã mais cara de sempre, segundo os meios de comunicação do país.
Pessoalmente, Der Schwarm era também a série que mais estava curiosa para ver em 2023, sendo eu uma grande fã do calhamaço de 920 páginas que, há uns anos, andei a carregar comigo por tudo o que era sítio porque não conseguia parar de ler. Não me lembro de todos os pormenores do livro, mas consegui identificar algumas das personagens e dos acontecimentos neste primeiro episódio. Temos um elenco internacional, como era de esperar, incluindo Leonie Benesch (Babylon Berlin) e Barbara Sukowa (12 Monkeys), com alguns desempenhos mais bem conseguidos do que outros, mas, no geral, todos com nota positiva.
Penso que o grande desafio da série seria conseguir encontrar lugares que conseguissem representar os vários locais do mundo onde os fenómenos estranhos estão a acontecer, uma vez que a história se passa a nível global, com várias personagens de todo a mundo a comunicar entre si, baseando-se nos acontecimentos que estão a ter lugar no seu país ou cidade. Outro dos desafios seria conseguir representar todos os fenómenos através de efeitos visuais credíveis, visto ser impossível, por exemplo, pôr uma baleia a olhar para nós com um ar ameaçador ou a atacar-nos. Infelizmente, este é o grande ponto negativo deste primeiro episódio de The Swarm. Os efeitos visuais não fazem jus a uma paisagem ou a um animal real, percebendo-se várias vezes que determinada cena foi filmada num cenário interior.
A história consegue cativar o telespectador, começando por mostrar três partes do mundo diferentes onde acontecem três fenómenos estranhos também eles diferentes, terminando o episódio num cliffhanger que, para quem já leu o livro, poderia suspeitar que seria precisamente a cena escolhida para deixar o espectador com vontade de ver logo o episódio seguinte.
Em suma, o primeiro episódio de The Swarm não foi brilhante, mas foi o suficiente para me deixar a mim, fã da obra original, com vontade de ver como é que a história vai evoluir. Além disso, é mais uma obra que aborda as (possíveis) consequências que as atividades humanas têm na natureza e o quão pouco sabemos ainda sobre os nossos mares, que precisam de ser protegidos e sem os quais a vida na Terra seria impossível.
NOTA: Não confundir com a série Swarm.