Willow, disponível no Disney+, traz-nos de volta uma velha história, mas com uma nova quest. Anos depois de derrotar a perversa rainha Bavmorda, o feiticeiro Willow Ufgood lidera um grupo de jovens, neste primeiro episódio, numa perigosa missão de resgate que os vai levar a lugares perigosos e desconhecidos. Mas será que esta missão terá mais sucesso do que o filme de origem?

Bem, o filme de 1988 não foi um enorme sucesso, pelo menos quando saiu. A estima das pessoas pela história foi crescendo nos últimos 34 anos, principalmente devido à afável atuação de Warwick Davis como Willow Ufgood. Os fãs, claro, ficaram empolgados quando Davis anunciou que está de volta ao papel numa série do Disney+ e, em vez de tentar refazer a história, esta será uma sequência com a próxima geração.

Ao contrário do que aconteceu nas séries de fantasia que surgiram este ano (House of the Dragon e The Rings of Power), Willow não se preocupou tanto na construção do mundo e de diálogos que o ajudem a entender (pelo menos não para já). Assim como o filme original, a história de Willow é direta e acessível, com diálogos modernos, personagens divertidas e um objetivo muito claro. Luta, companheirismo, diversão e revelações não faltaram nestes primeiros minutos, as paisagens e gráficos para já ainda estão apenas a sair do armário.

Todas as personagens têm o seu grau de humor ao mesmo tempo que não se levam nem são levadas a sério. As suas camadas mais profundas ainda estão por ser criadas, mas sê-lo-ão certamente ao longo da temporada. A personagem principal, Kit (Ruby Cruz), ainda está longe de conseguir que estejamos focados e a torcer por ela, dado que grande parte do episódio foi dado ao seu lado um pouco arrogante e petulante.

Resumindo, esta nova história de Willow depende muito menos da nostalgia e mais da expansão do mundo do filme original para abranger uma nova complexidade e novas identidades entre todos esses daikinis e não só e essa ambição é sempre de louvar. No entanto, ainda não consigo saber se a ambição se tornará em algo mais, algo que pelo menos se iguale às suas concorrentes séries (cujo patamar é muito elevado) e provoque sede de episódios.