Copenhagen Cowboy apresenta-nos um piloto estranho, cativante, mas assustador ao mesmo tempo e não numa dose exatamente boa. Acima de tudo, a visualização do episódio foi uma experiência estranha. Não irei ver mais e mesmo após uns dias não sei bem o que achei.
O piloto começa por nos apresentar uma família do Leste da Europa e que controla o que parece ser uma rede de tráfico humano. Mulheres são ajudadas a ir para Copenhaga, mas depois têm que se tornar prostitutas ou strippers para a família. No meio disto temos Miu (Angela Bundalovic), sobre quem não sabemos nada, a não ser que toda a sua aparência é misteriosa e que supostamente tem poderes que ajudam a mulher da família a engravidar.
No final do episódio continuamos sem saber bem para onde é que a série se encaminha, mas há um par de cenas que me marcaram. A primeira é uma cena de sexo que foi feita para ser particularmente revoltante, a segunda prende-se com sons de animais que se ouvem em algumas das interações. Parece-me que a ideia da série é explorar o lado mais negro de Copenhaga e acredito que esse lado esteja cheio de histórias destas, de droga e crime, mas quase parece que a série foi feita para ver sobre o efeito de alucinogénios. Quando se sai com este sentimento nunca é um bom sinal para o piloto.
Além das cenas que me marcaram, houve também algumas decisões em termos de realização que não contribuem para um enredo coerente: os saltos entre cenas e planos, a falta de uma narrativa coerente ou que prenda o espectador. Se quisermos fazer uma obra que tenha impacto é possível fazer isso, mas manter uma qualidade que chegue a mais pessoas. Neste caso parece-me que esta série será de nicho.
De forma geral não me interessou e não gostei particularmente. E tu?