Estreada na Netflix este mês, The Recruit coloca um advogado recém-formado como espião da CIA. Será esta produção da Netflix um thriller de espionagem, ou aproxima-se mais de uma comédia?
Depois de visto o primeiro episódio de The Recruit, temos uma noção clara do tipo de série que será: um thriller de espionagem e suspense, focado em Owen Hendricks (Noah Centineo), um jovem advogado que acaba a entrar na CIA, e se depara com uma carta um tanto peculiar e suspeita enviada por Max Meladze (Laura Haddock): uma presidiaria que tem na sua pose informações privilegiadas e altamente confidenciais das práticas utilizadas pela CIA. Estas informações tornam-se rapidamente numa ferramenta de chantagem por parte de Max, e incentivam Owen a tornar-se num espião de terreno, em vez de um mero advogado.
Owen e o seu estilo jovem e relaxado acabam por trazer a esta serie a descontração e o embaraço que a tornam agradável. No entanto, não sei se apenas colocar o personagem em situações que estão fora da sua zona de conforto trás a frescura suficiente para esta série se destacar no catálogo da Netflix.
O elenco conta ainda com nomes como Colton Dunn, Aarti Mann, Fivel Stewart e Vondie Curtis-Hall, que apesar de não se destacarem muito neste primeiro episódio de The Recruit, têm o potencial para se tornarem personagens indispensáveis nos restantes episódios desta trama.
Sinceramente, a conclusão que tiramos deste primeiro episódio de The Recruit é que os argumentistas querem que desenvolvamos um carinho por Owen com base na quantidade de violência que é exercida sobre ele. Parece resultar, mas não sei se será suficiente!
Fica também aqui uma explicação para o titulo deste episódio (e a lógica repete-se nos restantes episódios): I.N.A.S.I.A.L. é uma sigla para “I’m Not a Spy, I’m a Lawyer”, que traduzindo para português será “Eu não sou um espião, sou um advogado”. Para além disto, as siglas de todos os episódios correspondem a diálogos ditos no próprio episódio.