The Summer I Turned Pretty é uma adaptação televisiva da trilogia juvenil homónima de Jenny Han (a autora de To All The Boys I’ve Loved Before). Focada em temas como o primeiro amor, o primeiro desgosto amoroso e a nostalgia daquele verão perfeito, a história da série começa com Isabel “Belly” Conklin (Lola Tung) durante a adolescência, quando se encontra a passar o verão numa localidade perto da praia com a sua família, em conjunto com uma família amiga de longa data. Este drama multi-gerações aborda o triângulo amoroso entre uma rapariga e dois irmãos, as relações entre mães e filhos, bem como o poder duradouro da amizade feminina.
A narrativa da 1.ª temporada baseia-se no primeiro livro da trilogia e antes da sua estreia a série já tinha sido renovada para uma 2.ª temporada.
Depois de ter lido a trilogia To All The Boys I’ve Loved Before e ter assistido a todos os filmes, coloquei a trilogia The Summer I Turned Pretty na minha lista de leitura. Mal soube que também esta trilogia iria ser adaptada ao ecrã, apressei-me para conseguir ler pelo menos o primeiro volume. Se por um lado reconheço que estas obras não são de todo um clímax de qualidade; por outro, admito que nem tudo o que procuro ler ou ver serve para satisfazer uma busca incessante por qualidade. Tal como o nome desta série indica, temos um enredo muito focado no verão, o que resulta numa série bem leve e perfeita para a estação.
É inevitável não fazer comparações entre livro e série, mas devo dizer que o piloto captou bastante bem a essência de toda a narrativa, dos lugares e das personagens – tal e qual o que imaginei enquanto lia. Para quem não leu o livro, pareceu-me que a série fez um bom trabalho a introduzir toda a temática.
Se é uma história cheia de clichés? Claro. Se esta adaptação acaba por alterar o que se passa no livro e introduzir pormenores ainda mais clichés? Também. Não me quero queixar extensivamente, até porque esta série não é assim tão séria para deixar alguém chateado. Ainda assim, devo deixar a minha nota pessoal. Embora eu considerasse a história cliché, continuava a achá-la bastante credível na mente de uma adolescente. No entanto, depois de adicionarem que a protagonista poderá participar num baile debutante fiquei só nauseada! Que bela forma de fazer com que a série seja apenas relatable para pessoas dos Estados Unidos! Fico dececionada, pois percebo que talvez não aconteça assim tanto no livro para encher uma temporada de 7 episódios de 45 minutos, mas podiam reduzir o número de episódios ou então adicionar peripécias deveras relevantes como fizeram ao dar mais foco à vida amorosa da mãe da protagonista – ou, pelo menos, pelo piloto parece que o irão fazer. Não quero ser mal interpretada, pois vou assistir a todos os episódios e a todas as temporadas! Sim, não foi uma pequena storyline que me tirou a vontade de seguir a série.
Para além do enredo, temos de falar da seleção musical, que não poderia ser mais cliché e ao mesmo tempo a mais adequada e necessária – duas músicas de Taylor Swift e duas músicas de Olivia Rodrigo? Perfeição! Só a cena em que a protagonista cruza olhares com um dos irmãos, com a Lover a tocar de fundo, seria suficiente para me fazer ver toda a temporada.
Não conhecia ninguém do elenco e pelo piloto ainda não consigo perceber se gosto do desempenho de todos ou não. Por enquanto pareceram-me prestações medianas e um pouco fora de lugar – mas talvez seja propositado por todo o clima de família e de adolescência que está implicado.
Diria que se gostas de romances de adolescentes, bem leves, mas aconchegantes, esta parece ser uma boa aposta para o verão!