The First Lady estreou no passado mês de abril com o episódio piloto That White House, que nos leva numa viagem no tempo entre o início do século XX e a presidência de Barack Obama, interpretado, nesta série, pelo ator O-T Fagbenle.

Num fio condutor que liga a vida de três das Primeiras Damas mais conhecidas e notórias dos Estados Unidos, esta série conta-nos a história da ânsia, do entusiasmo e do medo sentido por todas elas no momento em que as suas vidas se transformaram por completo. Afinal de contas, não é todos os dias que o nosso marido se torna Presidente da maior superpotência mundial. 

Conhecemos Eleanor Roosevelt (Gillian Anderson), que desde muito nova se mostrou determinada e independente, apaixonada pelo marido e determinada; Betty Ford (Michelle Pfeiffer), uma mulher liberta, com os ideais definidos: feministas, igualitários e antirracistas; e Michelle Obama (Viola Davis), a Primeira Dama preferida de todo o mundo, que escalou e trabalhou durante toda a vida para chegar onde chegou.

O olhar intimista e pessoal que The First Lady oferece à audiência é, sem dúvida, o elemento mais forte desta produção. E o facto de ser “ficcionado”, em certas partes, penso que não minimiza o impacto das histórias que estão a ser contadas. São os momentos dentro de casa, em família, e em que nos deparamos com as Primeiras Damas sozinhas, em conversa com os seus pensamentos, que de facto entramos nas cabeças delas, entendemos o que sentem e sentimos a frustração, receio e ânsia que partilham connosco. É fácil sentir empatia com quem sofre e com quem, acima de tudo, se mostra genuíno e honesto. O que estas três senhoras têm em comum é exatamente isso: a sinceridade com que vivem a vida.

Viola Davis, Michelle Pfeiffer e Gillian Anderson. É fácil vender uma série com um elenco destes. Quase que basta apenas listar estes nomes e está vendida! Ainda mais fácil é vender uma série que, além de um elenco destes, nos fala sobre a vida da antiga Primeira Dama Michelle Obama e das suas antecessoras. No entanto, será que todo o entusiasmo para ver esta série se traduziu na verdadeira reação que as pessoas tiveram ao vê-la? Será que toda a espera compensou?

A verdade é que, pelo menos no que toca ao primeiro episódio, sim, a espera compensou. That White House está repleto de momentos e viagens no tempo, conversas emotivas e nomes ou personagens que nos são conhecidas quase desde que nascemos: de Franklin D. Roosevelt (Kiefer Sutherland) a Gerald Ford (Aaron Eckhart), de Martin Luther King a Barack Obama. Esta mixórdia de emoções, nomes e cenários deixa-nos quase embasbacados e presos ao lugar: queremos ver mais, saber mais, ouvir mais, conhecer mais.

No geral, acredito que é uma série que vale a pena ver, quanto mais não seja para se aprender mais sobre política americana e sobre os problemas e obstáculos ultrapassados por estas famílias.

Em Portugal, podes acompanhar a série na HBO Max.