[Não contém spoilers]
Creamerie é uma série neo-zelandesa que estreou em abril no país de origem, mas só agora chegou aos Estados Unidos. Depois de Y: The Last Man, também esta aposta explora um mundo em que os homens morreram, mas há muito poucas semelhanças entre ambas.
O episódio piloto de Creamerie tem menos de meia hora e vê-se bastante bem. Trata-se de uma distopia, mas a série também tem alguns momentos relativamente engraçados e parece, ainda, querer roubar uns certos elementos ao género de terror. Esta amálgama resulta bem numa série que não parece levar-se muito a sério (e não há nada de errado nisso).
Tudo começa com imagens de vários jovens a morrerem, à medida que os dias passam. Oito anos passaram-se entretanto e as mulheres conseguiram fazer as coisas funcionarem. Continuam a reproduzir-se com recurso à ciência, mas só as bebés meninas sobrevivem. É inevitável sentir-se curiosidade em relação ao porquê de só os elementos do sexo feminino terem sobrevivido a um vírus mortal, mas fiquei também intrigada com o ‘ar’ de culto que a lotaria da fertilidade tem e como todo o processo.
Talvez o episódio pudesse ter sido um pouco maior, para que pudéssemos perceber melhor como é este novo mundo, mas resultou suficientemente bem desta forma. Creamerie não aspira certamente a ser uma grande série, mas tem uma premissa interessante, mesmo que não muito original; o elenco não é nada de especial, mas penso que a ideia também foi exagerar um bocadinho as personagens e as suas reações, principalmente no que diz respeito às três protagonistas.
Nada na série é muito digno de menção honrosa, mas também nada é motivo de embaraço e aquela cena de abertura foi bastante boa em termos de banda sonora. A verdade é que um bom começo é importante e constitui um bom ‘embalo’ para o que vem a seguir. Se queres uma série leve que não te faça pensar muito, espreita!
Diana Sampaio