[Não contém spoilers]
BMF (Black Mafia Family) estreou no passado dia 26 de setembro na Starz. Este primeiro episódio de BMF serviu como capítulo introdutório das ruas e da cena de Detroit nos anos 1980 e seguirá a ascensão dos irmãos Flenory enquanto eles se envolvem com o negócio da cocaína e lutam contra a má sociedade e a vida dura. Todos os olhos estão e estarão neles. Serão eles a criar a organização de tráfico de drogas mais importante do país, mas como farão para o conseguir? Como chegarão lá?
O episódio começou com um ritmo lento, mas até teve alguns desenvolvimentos interessantes e culmina em algo que nos deixa com vontade de ver e saber mais sobre a vida destes dois irmãos. Discriminação social, violência, pobreza, sobrevivência e dívidas são só algumas das coisas com que têm de lidar, mas eles estão apenas a começar a sua ascensão e muitos mais problemas estarão por vir (ou pelo menos assim espero).
Eles não querem ser chefes, querem ser reis. Consegui ver realmente esta vontade e química genuína nas expressões destes irmãos, interpretados por dois atores que não conhecia, Demetrius Flenory Jr. e Da’Vinchi, sendo um deles mesmo filho de Demetrius Flenory, da verdadeira Black Mafia Family, o que torna a coisa mais real, interessante e impactante. Para além de toda esta desgraça e violência, a série também é comédia, o que também é revigorante e faz-nos ver Meech e a família com outros olhos.
É uma família como muitas outras, uma família americana com cultura americana, uma mãe e um pai que acreditam em criar os seus filhos e que é importante acordar cedo e ir para o trabalho todos os dias. No entanto, nem tudo corre como os pais esperam e as coisas saem-lhes do controlo sem que muito possam fazer.
A produção de BMF também está bastante interessante, mostrando-nos neste primeiro episódio bons ares dos anos 80: os trajes, os carros, a atmosfera… Contudo, acredito, mesmo assim, que é possível mais (mas isso também o é sempre) e que a essência deste tempo ainda está por ser mostrada nesta série.
Que o vão conseguir, vão, pois é História, mas vale a pena assistir a esta jornada através da visão desta série? Não foi um primeiro episódio excelente, mas ao mesmo tempo é fácil (pelo menos para mim foi) criar empatia com estes irmãos e acredito que esta série tem tudo para melhorar. A ver vamos se o faz! Se achares interessantes as séries deste estilo, dá uma espreitadela.
Nota final: Estou ansioso e curioso para ver Snoop Dogg como Pastor Swift (um papel escolhido por 50 Cent antes do seu parceiro de produção recusar).
Filipe Tavares