Post Mortem: Ninguém Morre em Skarnes – 01×01 – Cadáver
| 25 Ago, 2021

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[Contém spoilers]

Cadáver é o primeiro episódio de Post Mortem: Ninguém Morre em Skarnes, uma série norueguesa que conta a história de uma pequena e pacífica cidade na Noruega que é apanhada de surpresa quando, inesperadamente, o cadáver de uma mulher é encontrado num campo.

Nascida no seio de uma família dona de uma funerária, Live (Kathrine Thorborg Johansen), supostamente morta por causas naturais, acorda a meio da sua autópsia. Isto, naturalmente, deixa todos à sua volta incrédulos e transtornados, e origina uma onda de curiosidade mórbida em diversos jornais, e por toda a cidade.

O pai de Live, Arvid (Terje Strømdahl), desde o início que se mostra transtornado de uma forma peculiar: não reage à morte da filha, e, quando esta ressuscita, não reage ao seu regresso. Desde logo, parece-nos um comportamento suspeito, mas só temos a certeza de que algo realmente se passa quando uma gravação antiga, da sua mulher e mãe de Live e Odd (Elias Holmen Sørensen), nos diz que, quando era viva, havia algo em si que não parecia humano e que poderia ser potencialmente perigoso. Arvid foi reconhecendo, ao longo do tempo, algumas destas características na sua filha, pelo que opta por tentar salvá-la de uma forma controversa: através da morte. Claro está, isto terá implicações futuras, principalmente, quando a tenta matar pela segunda vez.

Live parece-nos, inicialmente, uma pessoa normal, como qualquer outra, mas, à medida que o episódio vai avançando, apercebemo-nos de certas partes suas não são particularmente habituais: olhos verdes reluzentes, velocidade extrema e capacidade auditiva ultra avançada. Ficamos tão perturbados quanto ela, quando se apercebe de algumas das capacidades diferentes que possui.

Todas estas pequenas coisas que vão aparecendo ao longo de Cadáver e, muito possivelmente, da continuação de Post Mortem, vão aumentando a curiosidade do espectador: queremos saber mais, queremos perceber o que é que Live é realmente, o que era a sua mãe, e porque é que ambas eram, teoricamente, tão perigosas. Afinal de contas, ressuscitar deve mudar uma pessoa e toda a sua perceção da vida, não é verdade? 

Inês Ribeiro

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