[Pode conter spoilers]
Young Wallander é uma nova aposta da Netflix no mês de setembro. A história é baseada na personagem de Kurt Wallander, criada por Henning Mankell, escritor sueco. A saga de Wallander tem vários livros, porém a série faz uma nova abordagem à personagem seguindo o início da carreira do polícia.
Esta produção sueca e britânica aparece com uma primeira temporada com seis episódios e o primeiro foi bastante interessante para quem é fã de séries policiais. Se continuar nesta estrada será a confirmação de uma boa surpresa. A série é produzida pela Yellow Bird, companhia sueca que é responsável, por exemplo, pelos filmes Millenium baseados na trilogia de Stieg Larsson. De referir que já existe uma série chamada Wallander criada pela BBC One e com quatro temporadas protagonizada por Kenneth Branagh que, em 2017, venceu o Emmy Internacional de melhor ator pelo seu desempenho na série. A série britânica é um remake de uma série original sueca com o mesmo nome que surgiu em 2005 e teve três temporadas. Outra curiosidade, tanto Kenneth Branagh como Adam Palsson já representaram Hamlet nas suas carreiras.
Em Young Wallander o ator Adam Palsson, de 32 anos, assume o papel de Kurt Wallander, um jovem que vive de forma discreta num bairro problemático sem que as pessoas saibam que ele é polícia, porém uma madrugada acabará por mudar tudo. E é essa madrugada que é o ponto de partida para a série. O episódio tocou também em vários assuntos que têm tido bastante relevância nos tempos atuais como a questão do racismo.
Tenho tido algumas más surpresas com séries nórdicas que escolho para fazer review, como foi o caso de Signs, porém desta feita fiquei agradado com o resultado final da nova aposta da Netflix. A série foi criticada, ou melhor arrasada, por alguns jornais britânicos quando em comparação com a série protagonizada por Kenneth Branagh, contudo, como não vi, não posso comparar as duas. O que posso dizer é que a série entretém mesmo que o ator principal não nos convença inteiramente, e todos sabemos a importância de um bom casting.
A realização tem alguns problemas sendo regular e gostei da banda sonora que preencheu o primeiro episódio.
A mim, apesar de não ser perfeita, deu-me vontade de ver o episódio seguinte e isso será sempre um bom sinal. Deu-me também curiosidade para espreitar a série britânica que surgiu em 2008.
Bruno Pereira