Little Birds é a nova série britânica da Sky Atlantic e uma das apostas do verão. Com Juno Temple (conhecida de filmes como Maleficent ou The Three Musketeers) no papel principal, a série é uma adaptação de uma série de contos eróticos da escritora francesa Anaïs Nis. Passa-se maioritariamente em Marrocos, na década de 50 do século XX. Vamos lá ver se a minha impressão do primeiro episódio de Little Birds é boa?
Juno Temple é Lucy Savage, uma rapariga americana muito controlada pelos pais (o pai é austero e controlador e a mãe é uma mulher infeliz que acabou por mergulhar no alcoolismo) que está prestes a partir numa aventura para Marrocos, onde casará com um lorde inglês.
Não vou mentir. Vi o primeiro episódio de Little Birds sem fazer a menor ideia sobre o que era, o que retratava, em que época se passava, que género de série era. Vocês entendem. E a série não dá a entender muito bem o que é, é muito confusa ao início e fiquei muito sem perceber o que retratava a série só de assistir aos 49 minutos do primeiro episódio. Entende-se os problemas do colonialismo, com os confrontos nas ruas e a raiva de Cherifa para cantar o hino nacional francês.
Apesar de não ser um episódio propriamente fraco, não há de ficar na memória nem entrará em nenhuma lista de “melhores pilotos de 2020” porque realmente é muito… Básico? Não sei se é a palavra indicada para isto, mas é a única que me parece mais próxima dos sentimentos que tive no final do episódio. Podiam ter incluído muito mais, para agarrar e dar vontade de saber o que vem a seguir.
Para ser sincera, a única história que me agarrou foi a do casamento de Hugo e Lucy e de como é que eles vão conseguir fazer com que aquilo funcione e saber como é que a parte erótica da coisa funciona, porque a cena de sexo que tivemos foi muito morna – será porque foi uma cena gay? Seria ridículo mas possível.
As filmagens decorreram no sul de Espanha e em Manchester, o que explica o facto de terem de utilizar efeitos especiais para Nova Iorque e Tangier. Pessoalmente, achei os efeitos especiais bastante fracos e fazem lembrar os cenários do filme de 1939, O Feiticeiro de Oz.
Supostamente, estes seis episódios vão mostrar-nos uma Lucy a soltar-se definitivamente da asa dos pais e, com um marido tão pouco convencional, a ser uma pessoa independente. Mas honestamente fiquei sem muita vontade de ver o resto. Não é que tenha sido mau, mas não me prendeu nem deu curiosidade para ver o resto.
Maria Sofia Santos