[Contém spoilers]
Summertime é a nova série italiana da Netflix, criada por Francesco Lagi e Lorenzo Sportiello. O romance falado em italiano conta a história de Summer (Rebecca Coco Edogamhe), uma adolescente com grandes sonhos e ambições que por incrível que pareça detesta o verão.
O seu nome é a estação do ano, pois o pai é músico e adorava a canção Summertime. Tem uma irmã mais nova problemática e dois amigos, Sofi (Amanda Campana), que copia os testes de Summy, e Edo (Giovanni Maini), que não deu para perceber se estava na friendzone ou se é apenas o melhor amigo. A mãe trabalha num bar de praia e há fortes possibilidade que o pai, durante a sua tour, esteja a ter um caso extraconjugal. Este primeiro episódio apresenta-nos a vida de Summer no último dia de aulas, prestes a começar as férias, e ela só pensa no sitio onde pretende estagiar e em desviar-se do drama familiar.
Summer e Sofi vão até a uma festa na piscina, do género “lançamento do verão” onde conhece Alessandro (Ludovico Tersigni), um bad boy rico, que é piloto de motas, próximo da mãe mas que tem uma relação muito complicada com o pai. Ale não quer voltar a pilotar pois teve um acidente recentemente e ainda não está recuperado e o pai não o aceita. Summy e Ale conhecem-se e há logo ali uma certa química, prevendo-se o futuro romance.
Passada na Costa Adriática italiana, o ponto forte da série é a fotografia, paisagens naturais muito bonitas, sol, mar, típico Morangos com Açúcar – Férias de Verão. Tem, no entanto, outro ponto forte: a banda sonora. Está muito bem escolhida e joga muito bem com a fotografia da série.
Para além das paisagens, souberam escolher um elenco de jovens interessantes e bem parecidos, mas que pecam pela sua interpretação das personagens, ficando muito aquém das expectativas; a melhor é mesmo a protagonista. Poderá ter a ver também com o facto de ser um argumento fraco, com diálogos pequenos, e acontecimentos que demoram um pouco a desenvolver e que não puxam a atenção do espectador.
Não é uma série brilhante, apesar de a língua italiana ter o seu “quê” de interessante e para quem gosta de um bom romance é um ótima série para a maratona da quarentena. O piloto não me convenceu mas poderá cativar muitos seriólicos românticos que andam por aí.
Margarida Rodrigues Pinhal