Já se encontra disponível na Netflix, a sua segunda série africana original, Blood & Water, sendo que esta segue a história de Puleng Khumalo (Ama Qamata), uma adolescente cuja irmã mais velha desapareceu ainda bebé, no hospital. Passado 17 anos ainda ninguém sabe nada dela, mas Puleng, após ir a uma festa, acaba por ficar intrigada com uma rapariga, o que a levará a começar a investigar e consequentemente a descobrir segredos do passado.
Blood & Water começou com um primeiro episódio bastante bom, que me conseguiu prender do início ao fim. É verdade que podem referir o facto de já haver bastantes séries que abordam a questão de desaparecimentos, mas aqui há algo que faz captar a atenção do espectador desde o início.
Não sei se é a questão cultural que dá um toque especial à série, se é a maneira como as cenas são sequenciadas, ou até mesmo a escolha da banda sonora, que é muito boa. A meu ver, até considero que seja a interligação delas todas, juntamente com uma história que desde os primeiros minutos mostra que tem potencial para ser excelente. Digo-vos que fiquei mesmo muito surpreendida com o episódio, e que sem dúvida tenciono ver os restantes cinco.
Contudo, nem tudo foi positivo. Não sei se sou eu que exijo muito em termos de atuações, mas a verdade é que, a meu ver, estas ficaram muito a desejar. Talvez seja porque eu ainda não estou habituada aos personagens, mas as interpretações não me convenceram, sendo que eu consegui sentir que era forçado. Pode ser que com o decorrer dos episódios isso vá melhorando, e caso isso aconteça a série tornar-se-á, sem dúvida, ainda melhor.
Posto isto, só me resta dizer que vale bastante a pena ver, pelo que é apresentado logo no primeiro episódio, sendo que acho que vão conseguir gostar de algo e, até ficarem interessados, tal como fiquei, em saber mais da história. Se não for pelo mistério em volta da irmã desaparecida, que seja pelos temas adolescentes que aborda, apesar de que neste primeiro episódio isso ainda não é muito aparente, mas quer-me parecer que vai ser.