Um drama sul-coreano. Se há coisa que nunca me lembrei de começar a ver foi um drama sul-coreano. O meu interesse por séries e produções de língua não-inglesa tem de facto vindo a aumentar e talvez seja por isso que acabei por me debruçar sobre esta série.
Advogados, reis do mundo, extremamente poderosos. É capaz de ser um bom enredo, não? E, como quem não quer a coisa, lá dará para matar saudades de Suits.
Geum-Ja e Hee-Jae são as nossas personagens principais neste drama – ou assim parece – e o argumento gravita em torno da rivalidade entre estes dois. O primeiro episódio começa com um escândalo político com Hee-Jae como advogado de defesa. De facto este advogado de defesa é incrível (ou ele acha que sim) porque emoções não o atingem e consegue sempre manter a classe. Hmm, demasiado forçado, não ? Confesso que tive imensa dificuldade em conectar-me tanto com Geum-Ja como com Hee-Jae. Sou só eu ou falta alguma… empatia para com estas personagens?
Enfim, neste primeiro episódio de Hyena somos introduzidos ao interesse amoroso (ou assim se prevê) de Hee-Jae. Kim Hee-Sun é a mulher da lavandaria. Como assim, perguntam vocês? É que um poderoso advogado também lava a roupa e, naturalmente, como uma hyena (viram o que fiz aqui?) a observar a sua presa, Hee-Jae passa os dias a observar Hee-Sun, que todos os dias à mesma hora está na lavandaria. Isto podia ser interessante, mas confesso que não senti qualquer tipo de atração pela relação. De facto eles sentem-se atraídos um pelo outro, é notório, e não estou a dizer que os atores são maus. Simplesmente parece que não me encaixo com eles!
As filmagens são incrivelmente bem feitas. Os movimentos de câmara, bem como a luz e o espaço envolvente, são tão bons como uma série produzida com o selo de aprovação da grandiosa Hollywood. Por isso, leva uns pontos. Confesso que o apelo visual talvez tenha sido o que me conseguiu prender durante uma hora de episódio. Sim, leram bem, uma hora!
Tenho que ser sincera. Eu sei que a forma como escrevi esta mini-review foi talvez um pouco redutora ou condescendente, mas não será uma série que vou acompanhar. O plot é interessante, sempre fui fã de pessoas no poder e altamente auto-confiantes, mas, se ainda não conseguiram perceber, eu não senti conexão nenhuma com as personagens. E, de facto, quando se constrói um argumento inteiro em torno de personagens e não de um evento e/ou eventos, é preciso termos algum tipo de sentimento em relação a elas. Não tenho.
E vocês, já viram Hyena?
Joana Henriques Pereira