West of Liberty é uma coprodução sueca-alemã de 2019, que estreou agora na RTP2, e é baseada no romance do autor sueco Thomas Engström, Väster om friheten. A série dramática de ação segue um antigo agente da Stasi e informador da CIA, Ludwig Licht (Wotan Wilke Möhring), que recebe o caso de Lucien Gell (Lars Eidinger), o líder corrupto do site de denúncias Hydraleaks.
Não sabia bem sobre o que era a série quando a comecei a ver, escolhi-a mais pelo facto de ser parcialmente uma produção alemã e por ter o Lars Eidinger, um dos meus atores alemães preferidos, por isso não tinha expectativas nenhumas para o que ia ver, contudo não fiquei muito impressionada com o piloto. Temos um argumento de uma série de espionagem não muito diferente daqueles a que estamos habituados, há um homicídio em Marraquexe, que terá implicações para os Estados Unidos e há uma testemunha-chave que tem informações importantes sobre o sucedido. Como veem, uma narrativa que já vimos em muitos outros filmes e séries mais do que uma vez.
Quando o argumento não é inovador, penso que o telespectador tenta procurar outros elementos que o prendam ao ecrã, mas eu não consegui encontrar nenhum desses elementos. O desempenho dos atores não foi brilhante, podendo ser descrito como mediano, e só me ocorre a palavra “irritante” para descrever as personagens da embaixada dos EUA em Berlim.
Mais para o fim do episódio, a narrativa começa a melhorar, principalmente com a interação de Licht com Faye Morris (Michelle Meadows), cuja cena em que eles estão os dois no carro quase no fim do episódio deu alguma vida a um piloto sem grande “energia”.
Em suma, West of Liberty não parece trazer nada de novo ao género, não despertou nenhum interesse na história e não nos apresentou personagens com que nos conseguíssemos identificar ou ter alguma empatia com elas. O final do episódio deixou alguma esperança de que a história possa melhorar e como normalmente as séries não me costumam agarrar logo no primeiro episódio, vou dar uma oportunidade a esta coprodução e ver o que nos reservam os próximos capítulos.
Cláudia Bilé