[Não contém spoilers]
Taj Mahal 1989, uma série original Netflix indiana, explora a nostalgia do amor e do desejo através das histórias de quatro casais.
Durante o episódio, vamos seguindo várias personagens, cada uma delas com a sua história e tendo como base a sua vida “amorosa”. Ao logo destes 30 minutos, a série reflete sobre aquilo que é o amor e tenta explicar-nos (com sucesso ou nem tanto) o que é esta coisa “patética”. A apresentação das personagens principais é feita através das mesmas, uma vez que cada uma olha para a câmara e apresenta-se. Não apreciei muito esta escolha, até porque não sou fã desta escolha criativa, e penso que o episódio teria ganho mais se nos tivesse deixado conhecer as personagens meramente pelas ações. De todas as histórias, a única que realmente me despertou interesse foi a do casal de professores, interpretados por Neeraj Kabi (Sacred Games) e Geetanjali Kulkarni. São mais uma representação de um casal que já não sente paixão um pelo outro, mas que continuam a viver juntos. Parece que as discussões são frequentes, pois dá a ideia de que a mulher tenta reatar a relação, enquanto o marido está mais interessado nos seus interesses culturais pessoais.
A série não aborda o tema de forma pesada, muito pelo contrário, o ambiente é bastante descontraído e, por vezes, cómico. Em geral, o desempenho dos atores foi bom e, apesar de haver várias histórias a serem apresentadas ao mesmo tempo, isso não tornou o seguimento da história confuso.
Resumindo, pelo primeiro episódio, Taj Mahal 1989 não primou pela diferença, nem apresentou algo que me fizesse querer ver mais da série, mas conseguiu juntar várias personagens e histórias, fazendo com que tudo resultasse sem parecerem apenas recortes ali todos colados para formar qualquer coisa. Não posso dizer que o episódio tenha sido mau, porque não foi, simplesmente não faz muito o meu género e, quando assim é, a história tem de ser mesmo muito boa para me cativar. Esperava mais originalidade por parte do argumento, mas acredito que com o desenvolver da série, as histórias podem vir a ganhar outra vida. Se tiverem curiosidade, espreitem.
Cláudia Bilé