[Não contém spoilers]
Ares é a nova série de terror da Netflix, composta por oito episódios com aproximadamente meia hora cada um (o que indica que se pode ver num abrir e fechar de olhos). Criada por Pieter Kuijpers, Iris Otten e Sander van Meurs, a produção holandesa conta a história de uma sociedade estudantil denominada Ares, da qual (para mal dos pecados deles, pelo que me quis parecer!) Rosa (Jade Oliberg) e Jacob (Tobias Kersloot) fazem parte.
Ora, antes de começar a ver uma série, raramente vejo o trailer ou a sinopse, sendo que gosto bastante de iniciar uma sem saber quase nada sobre ela. Isso acaba por me proporcionar surpresas (nem sempre positivas, o que não é o caso aqui) e muitas vezes levar-me a ver séries que se eu soubesse à partida sobre o que tratavam não veria. Ares seria um exemplo disso, dado que é uma série de terror, género que não me agrada muito.
No entanto, tenho de admitir que a série começou com um episódio bastante bom (os primeiros 5 minutos bastaram para prender a minha atenção), deixando-me numa espécie de dilema, entre continuar a ver a série e descobrir que sociedade creepy é aquela em que Rosa se vai meter e pela qual Jacob demonstra tanto receio e entender o que raio se passou para levar ao acontecimento demostrado nos primeiros 5 minutos ou manter-me na minha zona de conforto e não me aventurar a visualizar algo que normalmente não costumo ver nem apreciar.
A promessa do primeiro episódio (e espero que assim continue) de estarmos perante uma série que não perde tempo a enrolar o espectador, sendo que os acontecimentos ao longo deste decorrem de forma rápida, consegue fazer-nos ficar curiosos em saber como é que os acontecimentos se vão desenrolar e assim ficar a conhecer o que realmente se está a passar. Juntamente com o facto de ser uma série em holandês que nos permitirá, não só, conhecer outra língua, mas também outra cultura, e que apresenta personagens que parecem promissoras (como por exemplo a personagem de nome Carmen), fez-me pensar que “ainda bem que não sabia absolutamente nada sobre a série”, pois noutras circunstâncias não a veria, dado que alia algum mistério a terror (e também algumas cenas nojentas, que a pessoas sensíveis, como eu, pode não agradar muito), o que faria com que estivesse a perder algo que me parece ser bastante bom.
Sendo assim, e pondo de parte o facto de, como referido anteriormente, não apreciar muito o género de terror, aconselho a quem gosta de séries com este tipo de premissa a dar uma vista de olhos ao primeiro episódio de Ares e, quem sabe, deixar-se levar e ver os restantes sete que, ao serem pequenos, se veem num piscar de olhos.
Cármen Silva