Triad Princess é a nova aposta da Netflix, vinda diretamente de Taiwan, sobre uma mulher que cresce na sombra da máfia do seu pai. Ela desafia os desejos do seu progenitor e aceita um trabalho enquanto guarda-costas disfarçada de um ator famoso.

Um drama não americano é sempre algo que, na minha perspetiva, vale a pena ver, nem que seja apenas o primeiro episódio. Isto porque sendo a cultura um fator que muda de país para país, acaba por se refletir na arte, especialmente nos dramas, pois têm tendência para espelhar a sociedade em questão. Em todo o estilo, seja de edição, de som e mesmo no storytelling, notam-se diferenças engraçadas, seja pelas câmaras lentas constantes após golpes de ação, seja em movimentos bruscos e aleatórios com espadas. Assim sendo, acabei por me entreter bastante a perceber estas pequenas coisas a que não estou habituada e o piloto fluiu muito bem.

Quanto à representação, embora tenha gostado, senti diversas vezes um dramatismo exagerado por parte dos atores. Mas lá está… pode ser algo relacionado com a cultura e com a forma de interagirem uns com os outros. Cada personagem parece ter motivações e, do piloto, já se podem retirar as ligações que estabelecem entre elas. Julgo que foram bem exploradas e que serão dinâmicas e divertidas ao longo da temporada.

O enredo, ainda que ligado à máfia, ou seja, nada de novo, foi agradável para mim, por estar aliado à comédia. Uma rapariga que utiliza os capangas do pai para apanhar os seus namorados traidores e para depois os atirar ao rio, é impossível não rir!

Sendo um drama de ação leve, com uma pitada de comédia, aconselho a espreitar!

Ana Leandro