The Witcher – 01×01 – The End’s Beginning
| 20 Dez, 2019

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De momento a tirar um minuto de silêncio para respirar sobre este episódio. Que estreia incrível! Talvez uma das mais esperadas deste ano, The Witcher trouxe tudo o que a expectativa prometeu e muito mais.

Pode-se dizer que é difícil errar quando já existe uma história de sucesso por trás. Desde os livros aos jogos, The Witcher tem sido altamente badalado. No entanto é muitas vezes quando já há demasiada informação que se torna complicado brilhar, mas neste caso uma salva de palmas é devida ao trabalho do cast e equipa responsáveis por esta produção!

The Witcher conta a história de Geralt de Rivia – um herói descendente da linhagem dos witchers (os mutantes caçadores de monstros), a quem chamam de carniceiro com superpoderes cujo caminho traçado no mundo é matar monstros e seguir à próxima demanda acompanhado do seu fiel cavalo Roach. Pelo meio encontra romance, escolhas difíceis, destinos traçados e um mundo onde impera a guerra, o sangue, a violência e a colonização desmedidas.

Durante uma hora somos assoberbados com cenários lindíssimos e detalhados que automaticamente nos transportam à época da colonização. Nós, espectadores, estamos lá com Geralt a viver tudo o que ele está a viver. E por falar em Geralt, não era justo escrever esta review sem uma vénia ao trabalho de Henry Cavill, que tão habituados estamos a conhecê-lo como Man of Steel, e que foi capaz de encarnar esta personagem tão tumultua, sarcástica e sensual que é o icónico caçador de monstros.

No meio das suas demandas, Geralt tropeça na pequena vila de Blaviken e todo o seu caminho leva um tombo de 180.º quando conhece Renfri. Sem entrar em grandes detalhes na história, Renfri para além de lhe trazer a dor de cabeça de ter que escolher um lado, traz-lhe romance e traz-lhe um destino.

Desde Geralt, a Renfri, a Stregobor (o mago), a Ciri (a princesa leoa) – todas estas personagens estão pensadas e caracterizadas ao pormenor. Geralt e o seu cabelo branco e os olhos monstruosos, Renfri simples tal como uma princesa fugida, Stregobor que vive rodeado de ninfas. O detalhe é tanto que é impossível não nos sentirmos parte desta história que eles vivem, das emoções que sentem, daquilo que transparecem.

Não há como ver este episódio sem fazer mais uma vénia, desta vez à escolha da banda sonora. Mais uma vez irei evitar entrar em grandes detalhes – vejam por vocês, confiem – mas o momento em que Ciri está a fugir de Cintra enquanto vamos vendo as imagens da cidade e a música começa a ganhar intensidade, tornou-se impossível fugir ao arrepio na espinha e à lágrima de nervos a querer escapar.

Para além disso há que destacar não só a musicalidade, mas os efeitos sonoros. Cada vez que Geralt desembainha a espada e o acompanhamos numa fortíssima cena de luta, quase que tenho um comando da consola na mão e sou eu que estou a agir em vez dele. Mais uma vez, é como se lá estivesse, como se fosse uma porta para eu entrar no mundo de Geralt de Rivia.

Por último, confesso que não li os livros, mas tenho que confessar também que provavelmente farei como Geralt e assumirei uma demanda: a de os ler do inicio ao fim. No entanto, acompanhei de perto o jogo e a história como está em The Witcher 3: The Wild Hunt. O detalhe em terem incluído certas cenas com um paralelismo muito grande ao jogo (que eu conheço), inclusive frases que Geralt diz praticamente iguais, é quase como que uma homenagem ao trabalho que já foi feito – tanto nos jogos como nos livros.

The Witcher é originalmente baseado nas obras literárias, que eu não li, mas vou tomar a liberdade de assumir que se está fiel ao jogo, então está fiel ao livro. E enquanto é difícil homenagear sem copiar – e apenas baseado naquilo que conheço – vou ser corajosa e decretar que a homenagem foi extremamente bem executada.

Somos depositados neste primeiro episódio no meio de um mundo conturbado e de infinitas histórias intrínsecas sem grande contexto – mas a ideia é essa. Apanhámos um TGV e vamos no comboio de Geralt, guiado por Henry Cavill e por um background de jogos e livros que nos guiam a uma história épica. Têm todo o direito de me dizer que estou a exagerar com uma classificação de 10 estrelas. Não vou dizer que a série é perfeita e não tem erros, mas vou dizer que eu não os procurei nem senti necessidade de o fazer e isso também tem que ser louvado. Mal posso esperar por continuar a ver os restantes sete episódios – e daqui a uns tempos voltarei para vos falar sobre a temporada.

Por agora, façam como eu: desliguem-se do mundo, aqueçam um cházinho e façam umas pipocas. É hora de se sentarem, ligarem a Netflix e fazer um binge-watching à moda antiga.

Joana Henriques Pereira

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