[Pode conter spoilers]
Para esta fall season, a The CW presenteou-nos com o lançamento de Nancy Drew, a série de drama e mistério numa nova aposta que afasta os super-heróis da DC, criada por Stephanie Savage e Josh Schwartz.
Nancy (Kennedy McMann), filha única, que vive com os pais numa pequena cidade em Maine e que desde pequena sempre gostou de desvendar segredos. Quando perde a mãe para um cancro, a sua vida muda por completo, deixando que o luto leve a melhor.
A história começa quando Lucy Sable morre misteriosamente após ter sido coroada Sea Queen, e reza a lenda que o fantasma, aka “dead Lucy”, ainda assombra a pequena cidade. Nancy sempre foi curiosa ao ponto de investigar tudo ao pormenor. Até que ela e um grupo de amigos se metem numa situação comprometedora ao ponto de poderem todos ser acusados de homicídio.
Nick (Tunji Kasim) é o lover boy escondido de Nancy, que tudo indica que é um criminoso, mas mais se parece com um underdog. Georgia Fan (Leah Lewis), patroa de Nancy, que parece que é nerd, mas é demasiado espevitada, daquelas que não parte um prato, mas que parte a loiça toda. Bess Marvin (Maddison Jaizani), colega de trabalho de Nancy que diz estar a fazer um gap year fora da cidade e dos seus luxos, mas que está apenas falida e que vai fazer de tudo para voltar a ter dinheiro. E, por fim, Ace (Alex Saxon), aquele miúdo que parece pacato e do peace and love, mas que tem algo a esconder.
Para piloto está extremamente bem conseguido. Capta a atenção, tem aquele drama teen clássico sem ser muito exagerado e termina o primeiro episódio em cliffhanger! Claro que para quem adora séries de investigação e suspense aconselho vivamente. Não é nenhum CSI, The X-Files ou Law and Order, mas tem o seu ‘q’.
Há, no entanto, certas partes menos boas. O episódio é um pouco levado ao extremo no que toca a espíritos, fantasmas e toda a cena em redor do oculto, acabando por ser levada com menos consideração, pois acaba por misturar diversos estilos diferentes, mas demasiado dispersos: romance, comédia, teen drama, mistério e até terror, o que pode confundir o espectador.
Com uma óptima banda sonora, num final que nos deixa a pensar: “mas o que raio vai acontecer a seguir?!”, a única questão que se coloca é: ver todas as semanas ou esperar que saiam todos os episódios e fazer binge-watch?
Margarida Rodrigues Pinhal