[Contém spoilers]
Já alguma vez começaram a ver uma série simplesmente porque adoram um dos atores? Pois eu sim e Living with Yourself é um exemplo desses. Apaixonada por Friends como sou, Paul Rudd é um fofinho meu desde os seus tempo de Mike Hannigan, o marido da Phoebe. Depois como Homem-Formiga. Agora como um homem na casa dos 40 insatisfeito com a vida.
Living with Yourself trata-se de um homem, Miles Elliot, que parece estar à beira de uma depressão. A razão não nos é dita, mas cheira-me que é uma crise de meia idade: sem filhos, um trabalho que não o desafia minimamente e no qual já não investe de si.
A vida de Miles muda quando um colega de trabalho, que recentemente tem vindo a destacar-se na empresa, lhe fala de um spa milagroso que lhe mudou a vida. Só tem de investir 50 mil euros e o espírito muda de um dia para o outro… ou pensava ele.
Ri-me bastante quando vi o giraço do Tom Brady a sair da clínica… pela sexta vez. What? Sabendo o que sei agora… como é possível?
Ora bem, houve uma anomalia com o “tratamento” de Miles e o pobre acorda enrolado em película aderente ainda de fralda e sem saber onde está e o que aconteceu. Claro que ninguém lhe quer dar boleia naquele estado. Quando chega a casa é que percebe a que espécie de tratamento é que foi submetido… O spa limitou-se a criar um clone, mais feliz e contente com a vida!
Paul Rudd brilha no papel. Com pouco mais de vinte minutos de episódio, o ator fez-nos sentir empatia e repulsa pelo seu personagem. Porque é impossível um adulto não se conseguir sentir um pouco como Miles. Não há dias em que nada nos parece fazer felizes? A rotina, o tempo, o stress do trabalho…
Neste episódio não aprofundaram muito a história de ter filhos. Kate não consegue engravidar e Miles parece estar constantemente a adiar a ida à clínica. Não me parece que a razão seja só o facto de ser caro. Bom, a verdade é que ele gastou o dinheiro que ele e a mulher andavam a juntar no “spa”. Nem imagino a reação de Kate! Melhor, não consigo imaginar como vai funcionar agora que existem dois Miles, com a mesma vida, a mesma personalidade e, claro, o mesmo aspeto.
A premissa de Living with Yourself não é brilhante nem inovadora (nos dias de hoje, quase nada é), mas é interessante e com um protagonista de peso. E as peripécias que vão resultar destes dois serão bastante engraçadas. A série teve um piloto simples, curto e que nos deixa curiosos para ver o resto.
Maria Sofia Santos