The I-Land – 01×01 – Brave New World
| 27 Set, 2019

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[Contém spoilers]

Bom, a Netflix acerta muitas vezes, a verdade é essa! Muitas das melhores séries da atualidade têm a marca do canal, como Russian DollStranger Things, a aclamada minissérie When They See Us, Bodyguard, Ozark, The Crown, La Casa de Papel, etc. Eu vicio-me facilmente em muitas séries da plataforma de streaming, mas às vezes o tiro sai-lhes completamente ao lado e garanto-vos que este é um dos casos.

Lost é daquelas séries que vão ficar na história da televisão pela sua história inovadora, bem construída e completamente diferente do que já se tinha feito. Tivemos um series finale muuuito estranho e ainda hoje há muito povo que não entende nada do que se passou e exige respostas. Depois de Lost, houve algumas tentativas de a “imitar” – ou pelo menos de se basearem no conceito da série – para continuar com uma receita de sucesso. The I-Land quis, tentou e falhou redondamente em ser a nova Lost. Mas errou em tudo. Esperem! Minto! A ideia não é má. Eu entretanto fui ler sobre os episódios seguintes (claro que não continuei a ver, Deus me livre) e realmente a ideia é bastante boa (não vos vou spoilar, no caso de quererem ver), mas pelo menos no episódio piloto foi muito mal executada.

Dez pessoas acordam numa ilha deserta sem memória de nada da sua vida, inclusive dos próprios nomes ou de como chegaram ali. Como só trazem as roupas que têm vestidas e um objeto (que descobrimos no final que tem uma escuta), depressa descobrem que os nomes de cada um estão cosidos na etiqueta. Tirando isso, o ataque dos tubarões e a cena da quase violação, não acontece absolutamente mais nada de interessante em quarenta minutos de episódio. É tudo uma seca, eu já estava com sono e quase adormeci um par de vezes a ver aquilo.

Agora os personagens. Os atores para mim eram quase todos desconhecidos, exceto Alex Pettyfer e Kate Bosworth. Curiosamente, ambos interpretam os personagens mais insuportáveis da série. Kate é KC, que parece ter nascido com cara de enjoada e com ódio ao mundo e Alex é Brody, que tenta violar Gabriela mal a apanha sozinha. De resto… Para além de nenhum dos personagens ser particularmente interessante, o acting é bastante fraco, especialmente o de Natalie Martinez. Não puxam pelo espectador, não criam afinidade nem interesse em saber o que lhes acontece a seguir.

Não caiam em cima de mim a chamar-me hater porque eu fui ler mais críticas, mesmo da minissérie completa, e não são nada favoráveis, ’tá? Se têm curiosidade acerca do género, dêem uma espreitadela a ver se vos interessa, mas, sinceramente, há séries muito melhores por aí.

Maria Sofia Santos

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