Proven Innocent vem com o carimbo da FOX e é uma nova série de televisão dramática que aborda o mundo judicial americano. A série criada por David Elliot é protagonizada por Rachelle Lefevre, que mais recentemente integrou o elenco principal da adaptação televisiva de Under The Dome. A série evolve os meandros dos tribunais, o que por si só não é novidade, mas aposta num aspeto interessante, o das pessoas que foram injustamente condenadas por um crime que não cometeram.
Rachelle interpreta Madeline Scott, uma advogada de defesa que traz consigo um passado curioso e marcante. Quando jovem, Madeline e o seu irmão foram acusados e condenados pelo homicídio de Rosemary Lynch, amiga dos dois. Os irmãos cumpriram dez anos de pena até que foram ilibados pelo tribunal. Durante os dez anos, Madeline focou-se em tirar o curso de Direito para defender aqueles que são acusados injustamente. Apesar de ilibada, ela ainda é olhada de lado pela sociedade, principalmente pelo procurador Gore Bellows, que foi o responsável pela sua condenação. A série seguirá os casos que o escritório montado por Madeline aceita defender para trazer justiça às pessoas.
Este primeiro episódio foi muito interessante. É certo que séries sobre casos em tribunais existem aos montes e nesse aspeto não vemos nada de novo. Madeline é aquela típica advogada por quem ninguém dá nada e que sonha ajudar toda a gente, mas que acaba por ser a heroína dos casos. O modelo é sobejamente conhecido. O tema, por outro lado, é diferente. Pegar no tema de pessoas injustamente condenadas e tentar mostrar como acabam por ser muitas vezes vítimas de uma conspiração do próprio tribunal para arranjar um culpado é interessante e sem dúvida audacioso. Deixa questões a pensar!
Para além disso, as personagens vêm com conteúdo. Existe um grande mistério à volta de Madeline e do irmão. A morte de Rosemary é o grande mistério da cidade e torna-se até o caso mais interessante para nós espectadores. Ficamos sem perceber muito bem o que aconteceu, mas aos poucos vamos vendo flashbacks, através de Madeline, que vão juntando as peças do puzzle.
A série tem futuro. Embora não seja muito ambiciosa em termos de criatividade, pega nos bons costumes das séries dramáticas e dá-lhes um novo ar. Um ar próprio, diria. Acabamos por nos apegar às personagens e à história de Madeline. Como é evidente, existem ainda muitas questões a ser respondidas e os próximos episódios serão cruciais para percebermos o caminho que a história quer seguir, mas, para já, o piloto convence e deixa o bichinho de querer ver mais. Acredito que será uma série com relativo sucesso e quem gosta destes temas certamente que deve começar a ver Proven Innocent.
Carlos Real