Me, Myself and I é uma espécie de biografia da vida de Alex Riley. Neste primeiro episódio percebemos que a história nos será contada através de três fases da vida de Alex: quando era pequeno e vivia os problemas típicos dos adolescentes; na idade adulta, onde tentava encontrar-se na vida; e já na velhice, onde Alex é um homem completo. Mas para ser mais percetível vou resumir cada uma dessas três fases.
A primeira desenrola-se na adolescência de Alex. A mãe dele casa-se com um homem, o que faz com que Alex mude de casa e de cidade. Na nova casa ele ganha um pai e um irmão que o quer tornar o novo rapaz fixe da escola. Alex não liga a nada desses problemas sociais, para ele o importante é ver os jogos do Michael Jordan, o seu ídolo, e fazer invenções. Este pequeno inventor acaba por ter um choque de realidade social ao conhecer Nori, a menina bonita da escola. Ela acaba por engraçar com o jeito atrapalhado de Alex e os dois quase se beijam no baile da escola só que, nesse momento, Alex engasga-se com uma pastilha, tornando a sua fama na escola horrível. Ainda assim, Alex não se preocupa, pois, como o próprio diz, o importante é saber como reagir ao problema e ele, simplesmente, decide ignorar.
A segunda traz-nos um Alex na vida adulta. Ele está deprimido; está com peso a mais, descobriu que a sua mulher o traía, divorciou-se e agora vive na garagem do seu melhor amigo. Alex tem uma filha de oito anos, louca por basquetebol como o pai e por quem ele é capaz de mudar o mundo. Tudo está difícil na vida dele. Sem sorte nas invenções, Alex encontra-se num bloqueio criativo estando pressionado a ter uma ideia rapidamente ou então vai acabar sem ter onde morar. Desesperado, Alex regressa a casa. Lá conversa com o seu padrasto, que lhe dá conselhos desde miúdo. O padrasto lembra-o de uma invenção que ele fizera em miúdo e Alex decide voltar a pegar nela. De repente, apareceu a ideia que faltava e Alex está lançado para o sucesso.
A última fase mostra-nos um Alex já envelhecido. Acabou de ter um ataque cardíaco, mas nem isso o para. Alex é agora um homem de sucesso, um inventor. A vida sorriu-lhe e este sorriu para a vida. A sua filha regressa para lhe dar alguns conselhos até porque Alex decidiu reformar-se e aproveitar o resto da sua vida. Vemos um Alex feliz que ainda mais fica quando ao fim de muitos anos reencontra Nori, aquela que ele diz ter sido o amor da sua vida. Alex não perde tempo e arranca-lhe um beijo num momento muito bonito. Alex é agora um homem completo.
Esta série vem muito na premissa lançada no ano passado por This Is Us. Este oceano de memórias é interessante de mergulhar, pois nenhuma história é tão rica e tão poderosa como a da vida real. É muito giro ver as fases da vida intercaladas. Quem fomos? Quem somos? Quem seremos? São sempre perguntas a que só o tempo pode responder, mas que em vinte minutos de episódio ficamos a conhecer sobre o Alex. Gostei e acho que a série pode muito bem funcionar. Arrisco-me a dizer que como história para um filme funcionaria perfeitamente, mas como série também resultou num bom piloto. Resta agora perceber se os próximos episódios estarão ao nível deste ou se serão mais aborrecidos e repetitivos. No entanto, pensamento positivo e toca a ver este episódio da vida real!