[Contém spoilers]
A vova série de comédia da NBC protagonizada por Nicholas D’Agosto (Masters of Sex e Gotham) e John Lithgrow (The Crown e Dexter), Trial and Error, conta-nos a história do julgamento do homicídio de Margaret, mulher de Larry (Lithgrow), sendo ele o principal suspeito.
Josh (D’Agosto), um advogado jovem de Nova Iorque, que tem em mãos um caso de homicídio pela primeira vez, é contratado para tratar da defesa de Larry.
A história centra-se na defesa de Josh e no trabalho da sua equipa, que conta com Anne (Sherri Shepherd), a rececionista do seu “escritório” (sim, entre parêntesis, porque é meio partilhado com um taxidermista), que tem dislexia, amnésia facial (sim, ela não se consegue lembrar das caras das pessoas, nem trinta segundos depois de as ter conhecido) e que ri cada vez que acontece uma situação desagradável; e Dwayne (Steven Boyer), o investigador de serviço e um ex-polícia que acabou despedido depois de uma situação no mínimo embaraçosa e digna de YouTube. Pessoas muito caricatas e pouco dadas à inteligência, mas no mínimo engraçadas.
Larry é também uma personagem um tanto ou quanto invulgar, um pouco louca e distante da realidade, “he’s kind of a kook“. Tem ainda uma sexualidade fluída e de vez em quando essa fluidez leva-o a envolver-se com homens, sendo que se descobre que traiu a mulher com o seu personal trainer.
Para completar a história, a primeira mulher de Larry morreu exatamente da mesma maneira.
Do elenco fazem parte ainda Krysta Rodriguez, como Summer, filha de Larry, e Jayma Mays, como Carol Anne, a advogada de acusação.
É uma comédia leve, que brinca com assuntos “sérios” e com temas que estamos habituados a ver ligados a séries com grande intensidade dramática.
Lithgrow, depois da atuação em The Crown, presenteia-nos com uma performance totalmente antagónica, mas não menos competente. É bem acompanhado pelo restante elenco, mas não posso deixar de referir a personagem Anne, que me fez ficar com um sorriso na cara de tão silly que é.
Não é uma comédia na linha de Modern Family, por exemplo, mas de tão leve que é faz-nos passar um bom bocado.
David Pereira