Taken, a série, estreou-se no passado dia 27 de fevereiro no canal norte americano NBC. Contando com Clive Standen (Vikings) no principal papel e Jennifer Beals (The L Word) entre o elenco, a série posiciona-se como uma espécie de prequela da trilogia de filmes protagonizados por Liam Neeson.
Taken parte de um ponto de risco. Se por um lado a premissa e o elenco me deixam com a sensação de um bom potencial para a série, por outro, a emissora que a traz e os recentes fiascos que têm sido algumas adaptações, spin-offs e remakes ou a simples banalização destes, fizeram-me manter as expectativas quanto à série muito cá em baixo.
Depois de ver o episódio de estreia, considerem-me surpreendida pela positiva, mas algo reticente quanto aos próximos. Já lá chegaremos.
Taken – a série – transforma o ex-agente do governo norte-americano e pai de família acérrimo de Liam Neeson num mais jovem Bryan Mills, filho e irmão exemplar, ex-militar das forças especiais americanas, de Clive Standen.
Tal como nos filmes, a história da série parte da ligação fortíssima de Bryan com a sua família e do seu instinto protetor. Neste caso como irmão e não como pai, como é explorado no primeiro filme de Neeson. No entanto, a série rapidamente faz compreender que a sua intenção é diferente.
Com um início inesperado e dramático para nós e traumático para Bryan e com a introdução da enigmática equipa dos serviços secretos encabeçada por Jennifer Beals, a série começa a traçar o seu próprio caminho, mas só nos últimos minutos revela aquilo em que se irá tornar.
Todo o episódio tem um ritmo, um desenvolvimento e um momentum digno de um filme de ação reduzido a 42 minutos e este foi um dos aspetos de que mais gostei no episódio.
Contudo, n final percebe-se que a partir daqui a série, como já seria de esperar, honestamente, vai adquirir o modelo de “procedural, isto é, de série policial com os habituais casos semanais que culminarão num qualquer cliffhanger de final de temporada para o nosso personagem principal. Se isto é bom ou mau… depende. De outra forma não via Taken ter história para se tornar uma série. Desta forma, corre o risco de perder a força com que se lançou no piloto, pois terá que conter a sede de vingança de Mills.
No entanto, o piloto apenas nos dá um gostinho das habilidades e técnica militar de Bryan Mills, o que será interessante de ver nos próximos episódios, ao mesmo tempo que percebemos como Mills se torna no agente especial que aquando dos filmes já se encontra reformado.
O melhor do episódio: Clive Standen como Bryan Mills; o ritmo “de filme de ação” do piloto;
O pior do episódio: Demasiadas caras introduzidas simultaneamente tanto do lado dos bons como dos maus, alguns deles revelando-se não estar no lado que primeiro se pensa estarem (torna-se um pouco confuso acompanhar).
Se vale a pena ver o episódio piloto? Vale.
Se valerá a pena continuar a seguir a série? Só os próximos episódios dirão.
Eu vou-lhe dar a oportunidade. Aproveita e dá também, a série estreia em Portugal, dia 6, pelas 21.15h no TVSéries | Home Of HBO.