Feud: Bette and Joan – 01×01 – Pilot
| 07 Mar, 2017

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Nova antologia de Ryan Murphy, novo sucesso, não? Eu acredito que sim, mas achei que este piloto podia prender-me mais. Esta nova aposta do FX, Feud: Bette and Joan vai contar a rivalidade (feud) entre as atrizes Joan Crawford (Jessica Lange) e Bette Davis (Susan Sarandon) ao longo das filmagens do filme de terror What Ever Happen to Baby Jane?

Joan e Bette já foram muito famosas e atrizes premiadas nos anos 40 e 50. Agora, no início dos anos 60, veem-se a ser deixadas para trás e a serem derrotadas por atrizes mais novas como Marilyn Monroe, por exemplo. No início do piloto vemos Joan com bastantes dificuldades em sustentar-se, uma vez que o seu marido faleceu e ninguém lhe quer dar um bom papel de representação. O seu único sustento é a Pepsi-Cola, marca da qual é embaixadora, mas é pena que naquela altura as pessoas só se interessassem pela Coca-Cola, não é verdade? Dizem que ela já é velha para o cinema (com os seus 50 anos) e que o público prefere as jovens. Mas ela não desiste, precisa de um papel com urgência e que a traga de volta para as luzes da ribalta! Depois de recusar os vários que lhe propuseram (todos demasiado maus e secundários), ela vê-se a procurar nos livros uma possível história para um filme novo. Depois de ler What Ever Happen to Baby Jane?, ela propôs ao argumentista Robert Aldrich (Alfred Molina) a criação do filme adaptado do livro. Ele concorda, mas o maior problema é: que estúdio iria querer aquele filme diferente e de terror?

Depois de muito trabalho à procura de um estúdio que aceitasse a produção do filme, Joan tem como objetivo chamar Bette para contracenar com ela. Como Joan, Bette também não se encontra nos seus melhores dias. Com o passar dos anos e sem papéis no cinema, ela voltou-se para o teatro. Joan encontra-se com ela depois de uma atuação e propõe-lhe trabalho no cinema a seu lado. Nota-se de imediato alguma tensão entre as duas e Bette até recusa o trabalho, mas depois de Joan lhe referir que ela ganharia o papel principal, ficou a ponderar.

Por fim, temos tudo o que é necessário para a realização do filme. As duas assinam o contrato – apesar de alguns problemas pelo meio – e avançam para as filmagens. A rivalidade entre as duas é notória, mas ainda não se viu grandes ataques mútuos. Ambas confessam que se admiram, até dando parabéns por antigos trabalhos. Mas o que leva a tanto desprezo no final? O que aconteceu no passado para elas, apesar de se admirarem, não se suportarem? Não me parece que seja só inveja, mas acho que isso é algo que se vai desenvolver ao longo dos episódios.

Uma das coisas que mais adorei no episódio foi as cores, os vestidos, os cenários! Estavam todos tão bem representados para a altura e as cores chamavam tanto à atenção, fazendo-nos prender naquele mundo luxuoso das estrelas de Hollywood. O que achei pior foi que o episódio foi um pouco monótono, aborrecido. Não que a história não tenha conteúdo, porque tem! Eu compreendo até o porquê de ter achado aborrecido: estava à espera de mais “porrada”, faíscas a saltarem pelos olhos, conflitos! Mas é lógico que isso não podia aparecer em exagero neste primeiro episódio, é uma história que precisa de desenvolvimento e o piloto foi só a introdução, o começo do reencontro destas duas atrizes no mundo do cinema e que me cheira que ainda vai ter muito pano para mangas!

Cristiana Silva

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