Tom Keen, um dos já favoritos de The Blacklist, une forças com Susan “Scottie” Hargrave (sua possível mãe), líder de uma organização de mercenários, para resolver problemas particularmente difíceis que o governo não consegue resolver.
Enquanto está a cuidar da sua pequena Agnes, Tom recebe uma chamada que o coloca em alerta, forçando-o a ir a Nova Iorque para discutir o testamento do seu recentemente falecido pai. No entanto, quando chega a Nova Iorque, Tom descobre que o seu pai está vivo e são e que havia falcatruado a sua morte. Interpretado por Terry O’Quinn (um nome que não passa despercebido aos fãs de Lost), o pai de Tom conta-lhe uma história difícil de acreditar e incentiva-o a infiltrar-se na organização da sua mãe Susan – que desconhece ser sua mãe. Assim, Tom embarca num mundo perigoso, mas nada com que já não esteja particularmente habituado a lidar.
Este spin-off de The Blacklist não é particularmente original. Aliás, Tom Keen nunca foi tão relevante para a narrativa ao ponto de ser necessário descobrirmos mais sobre as suas origens. Claro que, de certa forma, a série-mãe tinha encaminhado a situação propositadamente para causar esta sensação de dúvida em relação a Tom e Scottie.
Redemption não é original, mas também não é uma “aberração”. É um exercício que adiciona ainda mais ação a este universo já rico de The Blacklist, mas que não consegue tornar Famke Janssen tanto ou mais carismática que James Spader. As personagens são, no seu geral, divertidas e algumas prometem trazer desenvolvimentos engraçados. O maior problema? É que a televisão está a entrar num ciclo vicioso de repetição de conceitos que não se conseguem desprender uns dos outros porque não há como ser-se original num material que já é tão enraizado no seu próprio género.
Resumidamente, The Blacklist: Redemption é uma nova série de The Blacklist que é competente em ser The Blacklist, mas que falha por não trazer nada de novo nem captar o carisma da sua série-mãe.
Jorge Lestre