Emily Locke é uma menina cheia de vida e com muitas ambições. Está a caminho do seu novo emprego, na subsidiária Wayne Security (obviamente da Wayne Enterprises), onde irá liderar uma equipa que constrói objetos para ajudar todos aqueles que são apanhados nos despiques entre super-heróis e super-vilões.
Powerless promete ser uma série divertida que brinca com o sucesso dos super-heróis e transforma-o numa comédia engraçada e com personagens carismáticas. É apenas uma promessa no escuro porque este início não é tão bom quanto se esperava.
Vanessa Hudgens peca em não conseguir criar um equilíbrio na sua personagem, oscilando constantemente entre o adorável e o irritante, ao passo que as piadas nem sempre conseguem surtir efeito porque ainda é cedo para determinar o quanto se gosta, de facto, de todo o conjunto. A narrativa falha em ser envolvente quando a temática propicia o sucesso (quase) instantâneo. Fazer piadas no universo amplo das bandas desenhadas não é uma tarefa fácil, mas também não é o trabalho mais difícil do mundo, pelo que se pedia um pouco mais de carinho a tratar o argumento.
No elenco salienta-se Alan Tudyk, que interpreta o primo de Bruce Wayne, Van Wayne, se que mostra interessante, especialmente porque promete atormentar a vida profissional de Emily com regularidade. Danny Pudi, o Abed de Community, está de volta à televisão e esta sua nova personagem é de alguma forma semelhante à que interpretou na série de Dan Harmon. Apesar de tudo, os companheiros de equipa de Emily dão indícios de serem o foco da atenção do humor, ao passo que a nível narrativo ainda é difícil delinear precisamente se a fórmula irá garantir o sucesso da série.
Ainda assim, embora tendo ficado aquém das expectativas, o piloto de Powerless pode ser do agrado de muitos, mas para já fico-me pelo “aceitável” e espero por desenvolvimentos bem mais divertidos e interessantes.
Jorge Lestre