Esta nova comédia da Netflix intitulada One Day at a Time traz-nos uma reinvenção de uma série dos anos 70 com o mesmo nome.
Voltando a usar a técnica do “multi-cam“, a história conta-nos as peripécias do dia a dia de uma família muito moderna. Penelope é uma mãe solteira que trabalha como enfermeira num hospital. Foi uma soldado de guerra que se aposentou dos serviços, mas as memórias dos tempos na guerra não foram esquecidas, o que faz com que seja medicada com anti-depressivos (coisa que se recusa a tomar). Ela vive com os seus dois filhos num apartamento: uma filha, bastante defensora dos direitos feministas, e um jovem rapaz de doze anos que é viciado nas tecnologias. Além dos filhos, Penelope conta ainda com a companhia da mãe, que faz questão de dar uma opinião sobre tudo o que se passa na casa. Para juntar a isto tudo só mesmo dizer que são cubanos, o que oferece uma pincelada diferente e interessante aos problemas familiares.
Neste episódio piloto, a trama desenrola-se sobretudo à volta da quinceañera da filha de Penelope. Quer a mãe, quer a avó querem fazer uma grande festa, mas a jovem recusa-se a servir como objeto para uma tradição que considera ser um desrespeito para com as mulheres. Os cerca de trinta minutos de episódio funcionam quase como um debate sobre as questões das tradições culturais.
Este reinventar de uma série parece-me bastante interessante; o episódio arrancou-me algumas gargalhadas, por isso, acredito que também o faça a vocês.
Carlos Real