A receita de uma série centrada nas peripécias vividas por uma equipa num hospital é uma das mais antigas e ao mesmo tempo mais bem sucedidas premissas no mundo das séries. Quantas personagens e cenas icónicas da televisão não nasceram nos corredores ou numa sala de operações de um hospital? Pois, essa é a receita que nos traz Pure Genius.
Walter Wallace (Dermot Mulroney) é um experiente cirurgião que, devido a uma decisão controversa que implicou a morte de um paciente, acaba por ver a sua carreira a entrar em declínio. É nesse momento que Walter se junta a um ambicioso multi-milionário, James Bell (Augustus Prew), que acabou de abrir um hospital com a intenção de renovar a maneira como se exerce medicina. Este hospital, que mais parece saído de um filme de ficção cientifica, possui tecnologias nunca antes vistas. Estas são capazes de fazer diagnósticos, que anteriormente demoravam semanas, em segundos. Toda esta tecnologia criada por James não convence o Dr. Walter, que prefere o velho e tradicional modo de exercer medicina. No entanto, ao longo do episódio, Walter acaba por ir mudando de opinião à medida em que, juntamente com James e a sua equipa, vai resolvendo um caso onde através dessa tecnologia inovadora consegue salvar uma mulher e o seu embrião de uma forma que seria impossível de igualar através dos métodos tradicionais. Além deste caso, podemos ver também no episódio algumas engenhocas curiosas como uma espécie de pulseira eletrónica que aciona o 112 quando são despertados sintomas de doença ou uma máquina que permite comunicar com um paciente em estado de coma.
A premissa da série é interessante. Funciona como uma espécie de Dr. House moderno onde casos de doenças raras e misteriosas acabam por ser combatidas com inovadores métodos que tanta utilidade teriam no mundo real. Para quem é apaixonado pelas tramas nos hospitais ou por tecnologia inovadora, não deixe de dar uma espreitadela nesta nova e inovadora proposta.
Carlos Real