Conviction – 01×01 – Pilot
| 06 Out, 2016

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Conviction é o novo drama da ABC que conta com Hayley Atwell (Agent Carter) no principal papel, secundada por Eddie Cahill (CSI:NY) e Shawn Ashmore (The Following), entre outros.

A história centra-se no trabalho da CIU (Conviction Integrity Unit), liderada por Hayes Morrison (Hayley Atwell), uma advogada de defesa e filha do ex-presidente dos EUA, e constituída por um advogado (Sam), uma assistente jurídica (Tess), uma ex-detetive da NYPD (Maxine) e um investigador forense, que também é um ex-presidiário (Frankie). A CIU tem por objetivo rever casos em que haja suspeitas de uma condenação errada.

Hayes vê-se forçada a assumir a liderança desta unidade depois de ser presa por posse de cocaína e ser chantageada por Wallace (Cahill), com o intuito de ajudar a sua imagem para uma futura posição política, em conjunto com a sua própria mãe, candidata ao senado.

O caso da semana é o de Odell, “a good-looking black poster-boy”, que foi condenado pelo homicídio da namorada, Anna.

Anna foi morta num dia de jogo de Odell (este jogava futebol americano no secundário), num bosque com um tiro na nuca. Em sua defesa, Odell diz que não tinha tempo de matar a namorada e chegar antes do início do jogo. Esta teoria é testada por Frankie e Tess, recriando a morte da namorada de Odell, contudo a justificação do tempo dada por Odell cai por terra quando estes provam que havia tempo suficiente para Odell ter cometido o crime. A juntar a isto descobre-se que Odell consumia esteróides, tinha tentado comprar uma arma antes do homicídio e o diário da sua namorada tinha inúmeras frases a dizer que tinha medo dele. Dado isto, a equipa, à exceção de Frankie, mostra-se inclinada a aceitar que Odell é mesmo culpado

No entanto, Hayes visita Odell na prisão e como resultado fica com a ideia de que este não é realmente o homicida. Para além disto, Maxine descobre que o detetive encarregue do caso manipulou um dos testemunhos-chave da condenação de Odell, o que torna o caso contra Odell bastante fraco e, por isso, a equipa CIU passa a acreditar na sua inocência e vai fazer de tudo para a demonstrar.

Frankie decide então fazer uma experiência forense com um porco, pois segundo as autoridades a morte tinha acontecido durante o dia, contudo o corpo quando descoberto pela polícia não apresentava moscas, o que não faz sentido, visto que as moscas só não estão presentes nos cadáveres quando a morte ocorre durante a noite, devido ao frio. Assim, Frankie com a ajuda de Tess, expõe metade de um porco no bosque durante o dia e a outra metade do porco apenas à noite. Como resultado, temos a presença de moscas no porco colocado no bosque durante o dia e a ausência de moscas no porco colocado à noite. Sendo assim, a morte da namorada de Odell ocorreu já depois do anoitecer e, por isso, Odell não poderia ter cometido o crime, visto estar a jogar nesse preciso momento. (Se calhar acabo por descrever este pequeno momento um pouco exaustivamente, mas devo confessar que, para mim, esta foi uma das partes mais divertidas e interessantes do episódio, visto ser eu um rapaz ligado à investigação forense!)

Entretanto, Hayes descobre também que o “HE scared me today” escrito vezes e vezes sem conta no diário de Anna, não significava que esta tinha medo de Odell, mas sim de Hector Esparia (=HE), um “amigo” da família de Anna. Falando com uma ex-namorada de Hector, Hayes e Maxine descobrem a arma do crime e provam que Hector é mesmo o autor do crime, inocentando e libertando Odell.

No final do episódio vemos um pouco da vida de cada um dos membros da CIU: Sam é contactado por uma jornalista do The Daily Times para contar a verdade acerca da detenção de Hayes; vemos Frankie na prisão a visitar o que parece ser o seu namorado; Tess observa um recorte de jornal com uma notícia que parece ser sobre si própria e Maxine confronta o detetive responsável pela investigação do caso de Odell. Penso que estas histórias vão ser desenvolvidas paralelamente com os casos durante o resto da temporada.

Em suma, pelo piloto ficamos com a sensação de que a série não vai ter pernas para andar, a ideia está lá, até pode ser interessante, mas é  já um pouco gasta, já existiram muitos outros dramas deste estilo e, sendo assim, a série não traz grandes novidades ao público. Não deixa de mostrar coisas positivas (muito poucas), como a boa interpretação de Hayley, mas fica muito aquém do exigível e não vejo grande esperanças para o seu futuro, o que também é visível pelos baixos números de audiência.

Tenho apenas curiosidade se vão continuar a mostrar experiências na área forense, o que pode tornar-se numa coisa bem engraçada, pelo menos para mim (peço desculpa pelo meu lado geek)!

David Pereira

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