Berlin Station é um drama de espionagem protagonizado por Richard Armitage (que vimos recentemente em Hannibal) como Daniel Miller, um agente da CIA.
Começa bem a série (no meu ponto de vista) com uma boa introdução, com uma boa banda sonora, mas fica só por aqui, não se entusiasmem! Este parecia um episódio que não ia acabar nunca e os cerca de cinquenta minutos pareceram uma eternidade!
A série começa com a morte (pelo menos foi atingido por um tiro) da personagem principal, Daniel, em Berlim e a partir daí recua dois meses, situando-se a ação no Panamá, onde vemos Daniel a esconder uma pen numa caixa no meio da floresta. Calculo que a pen seja importante de alguma forma e que deva ser utilizada no futuro da série, calculo também que esteja relacionada com o caso que Daniel vai investigar, o caso de Thomas Shaw. Este caso é comparado aos casos reais de Edward Snowden e de Julian Assange, mas em solo germânico. Thomas Shaw é um hacker misterioso que divulga informações secretas da CIA.
Daniel, ainda no Panamá, descobre uma pista importante sobre o caso, encontrando quem faz a ligação entre Shaw e os media: Claudia Gartner. A Vice-diretora da CIA, Jemma Moore, fica a saber das descobertas e suspeitas de Daniel e, por isso, este é transferido para Berlim, ainda que as verdadeiras razões não sejam conhecidas pela restante CIA, visto que Daniel vai estar a trabalhar neste caso secretamente e responde diretamente e apenas à própria Jemma.
Daniel, nascido em Berlim, segue então para a sua nova posição, seguindo o rasto de Claudia e integrando-se na sua nova equipa, contando com a ajuda do seu já conhecido Hector DeJean, um agente da estação da CIA de Berlim.
Ao longo do episódio vamos acompanhando as histórias das várias personagens integrantes da equipa da CIA (demasiadas para só um episódio!). Torna-se tudo um bocado confuso, já nem me lembro dos cargos de cada uma das personagens, nem quem é espião onde, temos agentes infiltrados nos serviços secretos alemães, outros que estão prestes a ser expostos por Shaw e por isso têm de voltar para a América… too much information!
Acaba por ser tudo tão geral e superficial que nada parece demasiado relevante para a história e as coisas vão só acontecendo porque sim.
Positivamente destaco apenas a participação de Richard Jenkins (que vimos em Olive Kitteridge) no papel de Chefe da Estação de Berlim.
Durante o episódio, mais uma informação é libertada para a imprensa e percebemos que Claudia é mesmo a intermediária das divulgações de Shaw. Daniel segue Claudia e consegue ganhar a sua confiança, acabando por marcar um encontro com ela. Antes do encontro acontecer, Claudia é morta por um subordinado de Shaw. Que descobrimos no final do episódio ser Hector!? É Hector, não é? Já estou tão confuso a esta altura do episódio que nem sei bem! Mas tinha de ser alguém ligado a Daniel, nada mais óbvio!
Entretanto, Jemma chega a Berlim e encontra-se com Daniel para saber sobre a investigação e para avisá-lo que se encontrar Shaw volta para casa como um herói, mas, pelo contrário, se não o encontrar, não sabe se volta para casa.
Enfim, se a Epix pensava que seria com este drama de espionagem que ia alavancar a emissora e poder concorrer com um mundo infindável de dramas de grande valor das estações americanas, fica-se apenas pelo pensamento, pois Berlin Station não é nada extraordinária e não cativa o telespectador. Em particular nesta área da espionagem e da CIA, em que já temos Homeland (na qual parece que Olen Steinhaeur se baseou, tantas são as semelhanças, ainda que com uma qualidade muito, mas muito inferior), esta Berlin Station parece banalíssima. Ninguém bate Carrie Mathinson, desculpa lá, Daniel!
David Pereira