Uma vez mais, essa nova fábrica de sonhos que dá pelo nome de Netflix oferece-nos uma nova e surpreendente produção. Pelas mãos do realizador, argumentista e produtor Joe Swangberg (Drinking Buddies), o serviço de streaming apresenta a série Easy. Com um pacote de oito episódios nesta primeira temporada, a série procura representar de uma forma muito intimista e real temas como relacionamentos, sexo, crises interiores e tantos outros assuntos onde é fácil o espectador se rever. Cada um destes oito episódios oferece uma história diferente, com atores variados. Podemos ver nomes como Aya Cash (You’re the Worst), Jake Johnson (New Girl), Dave Franco, Emily Ratajkowski e o eterno Legolas de Lord of the Rings, Orlando Bloom.
Neste primeiro episódio vemos a história de um casal, interpretados por Michael Chernus e Elizabeth Reaser, que tentam reacender a chama no seu relacionamento. De uma maneira muito crua, o episódio mostra as dificuldades de um casal em manter viva a parte íntima do relacionamento quando se mete pelo meio o ter que cuidar dos filhos ou os inúmeros problemas que advêm da profissão. A interpretação dos dois atores é fabulosa, talvez até seja o mais interessante do episódio pois, a dada altura, esquecemos que estamos a ver uma série ficcional parecendo que estamos a ver a retrato exato da ‘vida real’.
O mais incrível em Easy é que consegue transmitir uma veracidade pouco comum no mundo da televisão. A câmara parece funcionar como os nossos olhos no seio de um típico casal da sociedade moderna. A questão que se segue é se isto resulta como série ou apenas como algo ocasional. Confesso que a maneira com Joe Swangberg realiza a série não é a minha favorita, mas isso é uma opinião bastante pessoal, pois ele consegue transmitir de forma tão real o ser humano que, de certo, terá todo o mérito que se lhe possa dar.
Finalizando, Easy é uma daquelas séries que ou se ama ou se odeia. A série vive muito da forma crua como são retratadas as experiências reais de todos nós, o que me faz dizer que o mais interessante neste produto são mais as incríveis interpretações dos atores do que as histórias em si. Ainda assim, após observar o primeiro episódio acho que vale a pena ver os sete capítulos que se seguem nem que seja para poder ver diferentes facetas de tantos atores que nos habituámos a ver noutros papéis.
Carlos Real