Aftermath – 01×01 – RVL 6768 (Pilot)
| 30 Set, 2016

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Contém SPOILERS!

Aftermath é a mais recente série pós-apocalíptica do canal Syfy e acompanha a família Copeland nos primórdios do fim do mundo. Desde que anunciada, a série foi criando curiosidade, não só pela temática, mas também pelo elenco liderado por Anne Heche e por James Tupper.

Quando apresentada, William Laurin e Glenn Davis, os criadores, revelaram que teríamos aqui uma série diferente, onde uma série de eventos naturais e sobrenaturais iriam testar a capacidade de sobrevivência de uma típica família americana, os Copeland. Karen é a matriarca da família e uma mulher cheia de energia, está ligada à força aérea americana e parece que nada destruirá o seu penteado, nem o mais violento dos tornados. Joshua é marido de Karen e professor/investigador de história de civilizações antigas. Dana e Brianna são filhas do casal e não poderiam ser mais diferentes uma da outra; enquanto uma não parte um prato, a outra é capaz de destruir a loiça toda e ainda o louceiro. Por fim, Matt é um rapaz pacato que pouco mostrou de si no piloto.

De facto, a série promete ser muito diferente, tal como os seus criadores afirmaram. Tão diferente que consegue incluir vários fenómenos naturais catastróficos em simultâneo, tais como tornados, meteoritos e tempestades solares capazes de destruir qualquer sistema de comunicação. Para intensificar, acrescenta-se demónios que possuem humanos, uma epidemia fantasmagórica e resmas de profecias apocalípticas.

Em suma, a série tem tudo para dar certo, mas nem tudo, ou quase nada, correu bem no desenrolar do piloto. Começando pelo elenco, um dos que prometia ser o melhor da Syfy… mas acaba por ser caracterizado com clichés desgastados, ou melhor, quase não é apresentado! O piloto queria demonstrar todo o potencial da série, que acabou por ser uma corrida infrutífera contra o tempo para mostrar tantas desgraças em simultâneo. Apesar de ter passado a correr, ficamos a saber o mesmo… a família tem de lutar para sobreviver dos meteoros, tornados, pessoas possuídas, tempestades solares e profecias sobre o fim do mundo.

Por fim, só me resta mencionar que não sei se fiquei mais desiludido com a personagem de Anne Heche ou com a maioria dos efeitos especiais. É verdade que o elenco mal foi contextualizado, mas a sua Karen é tão natural como um ramo de flores do chinês. Por outro lado, os efeitos especiais, em situações pontuais, não poderiam parecer mais falsos de tão maus que eram.

Mesmo assim, vou dar uma segunda oportunidade à série e ver o próximo episódio… caso continue com esta velocidade incapaz de estabelecer uma contextualização digna do fim do mundo e do elenco, ficarei à espera de novas séries para preencher a minha agenda da fall season.

Rui André Pereira

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