The Night Of – 01×01 – The Beach (Pilot)
| 15 Jul, 2016

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The Night Of conquistou-me logo de início com o genérico. Conta a história de Nasir, um rapaz tímido, bem-comportado, que é tutor de um jogador de basquetebol, ajudando-o nos estudos. Numa sexta-feira é convidado para uma festa; pelo seu entusiasmo denotamos que era coisa que raramente, ou quase nunca, lhe acontecia. Chegada a hora de ir para a festa, vemos Naz (nome pelo qual é tratado) um tanto ou quanto nervoso, a ensaiar formas de se apresentar às raparigas. Entretanto o amigo que era para ir com ele à festa, e dar boleia, informa-o de que não pode ir, mas a vontade é tanta, que Naz acaba por levar o táxi do pai, sem autorização.

Um tanto ou quanto perdido, vê-se obrigado a parar na rua. Depois de algumas tropelias, eis que uma jovem rapariga entra no táxi. Quando Naz a vai informar de que está de folga, supostamente, deixa-se encantar pela sua beleza e leva-a. Chegados ao destino, a misteriosa e perigosa rapariga oferece-lhe drogas, que são recusadas de imediato; mas impelido numa espécie de aventura, Naz acaba por tomá-las. Dirigem-se ambos para casa da rapariga, onde tomam mais drogas e álcool e acabam por se envolver sexualmente.

A dado momento, Naz acorda debruçado no balcão da cozinha da jovem; chegado ao quarto para se despedir dela, acende o candeeiro e encontra a rapariga, Andrea, num cenário dantesco. Deitada na cama, de barriga para baixo, veem-se-lhe diversas facadas nas costas, é difícil de perceber o que terá efectivamente acontecido, tal é a quantidade de sangue no local. Assustado, em estado de choque e sem perceber muito bem o que terá acontecido, Naz foge, levando consigo a faca, que poderá ser a arma do crime.

Fugindo no táxi do pai, é mandado parar pela polícia ao praticar uma contraordenação; antes de lhe fazerem o teste do balão, os mesmos polícias são chamados para o local do crime, sem saberem que transportam o alegado homicida. Água vai, água vem, Naz vê-se de novo no local de onde tinha fugido, (o criminoso volta sempre ao local do crime?). É chamado para ali um detective, Box, que ficamos a perceber que é um suprassumo no que diz respeito a resolução de homicídios, e manda levar Naz para a esquadra. Lá chegado, o jovem dá-se conta que ainda se encontra na posse da faca; pensando em diferentes formas de tentar fugir, não consegue. E uma cena espectacular no episódio: quando Box chega à esquadra e vai relatando o sucedido a outro seu colega, uma polícia vai revistando Naz, e precisamente no momento em o detetive está a descrever a possível arma do crime, a polícia que revista Naz encontra uma faca com as mesmas características na posse do “nosso” protagonista.

Quem está a ler isto pode ficar com a perceção errada, eu possivelmente ficaria, e perguntar-me-ia: Então, mas ele é apanhado numa transgressão no trânsito e, por coincidência, vai parar ao local do crime? Sabemos que Nova Iorque é uma cidade gigante, com milhões de habitantes, é preciso pontaria. Eu seria a primeira a dizer: “que cena tão forçada”, mas não foi, a série tem uma história muito boa, tem um desenrolar natural, não pomos esses pormenores em causa, deixamo-nos levar por tudo. Todos somos inocentes até prova em contrário, seria capaz de apostar que o “pobre rapaz” não teria estofo para fazer uma coisa daquelas, ele próprio confessa que é a segunda rapariga com quem se envolve.

Não desconsiderando os restantes atores com uma prestação fenomenal, tenho que destacar o papel do “nosso” tão conhecido John Turturro, que aparece praticamente no final, no papel do advogado que irá defender Naz, e de Bill Camp, o detetive.

Recomendo, recomendo e recomendo. Eu própria vou acompanhar, quero saber se Nasir é ou não o homicida (mas torço para que não seja, tem ar de bom mocito).

Ana Galego Santos

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