Contém SPOILERS!
Agent X, a nova série da TNT, narra a história de Natalie Maccabee (Sharon Stone) que, após ser nomeada Vice-presidente dos Estados Unidos, descobre um artigo secreto na Constituição do seu país que lhe confere um poder especial: tem sob a sua alçada um agente secreto que a ajudará a resolver situações delicadas.
Sharon Stone numa série de televisão! Não poderia começar esta review de outro modo. A mítica atriz, do alto dos seus 57 anos, dona de uma invejável carreira no cinema que a levou a ser considerada a mulher mais sexy do mundo durante anos a fio, protagoniza esta nova série.
Natalie é nomeada Vice-presidente dos Estados Unidos da América e, como não poderia deixar de ser, é recebida na sua nova residência oficial com uma grande festa. Estão presentes várias individualidades da política americana, entre os quais o próprio presidente, Thomas Eckhart (John Shea), que lhe entrega uma chave misteriosa. Natalie tem ao seu serviço o mordomo Malcolm Millar (Gerald McRaney), personagem que depressa ganha relevo quando ela descobre uma passagem secreta.
Esta passagem leva Natalie até à verdadeira constituição americana, onde está escrito que ela tem ao seu dispor um agente. O Agente X, John Case (Jeff Hephner), completa o trio cujo secretismo promete salvar os Estados Unidos de situações que poderão abalar o frágil equilíbrio das relações diplomáticas entre as várias potências mundiais. Gostei da química imediata deste trio protagonista, sobretudo da troca de olhares entre Natalie e John, algo me diz que ele ainda a ajudará a ultrapassar o luto pela morte do marido.
O desenrolar do episódio acabou por ser muito semelhante ao enredo das séries policiais e de espionagem, acabando por apresentar mais daquilo que já estamos habituados a ver nas séries americanas do género. John, seguindo as ordens hesitantes de Natalie, acaba por lutar contra um grupo russo, das quais se destaca a malvada Olga Petrovka (Olga Fonda) para salvar a filha de um político importante. Estas cenas de espionagem e ação nada trouxeram de novo, mas tenho de admitir que foram bem concebidas e dignas de uma série de topo.
Por último, resta-me mencionar a importância dada aos símbolos americanos, de origem maçónica, que acabam por prometer desvendar um pouco da mitologia de uma das organizações que teve, muito provavelmente, alguma influência no processo de independência dos Estados Unidos.
Em suma, trata-se de uma boa série, recheada de excelentes atores e com um enredo interessante, se bem que um pouco repisado. Teremos uma série que se baseia num caso por episódio, que nos promete muito suspense, ação e cenas de luta!
Rui André Pereira